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Ossadas escondidas em cemitério de Suzano seriam vendidas, diz polícia |
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Depois de descobrir um esquema de desvio de dinheiro no cemitério São Sebastião, a prefeitura e a Polícia Civil de Suzano apuram uma outra irregularidade no local. Peças de cobre e bronze foram furtadas das sepulturas e também existe a suspeita de venda de ossadas humanas.
No cemitério São Sebastião é possível ver túmulos revirados e marcas das peças de cobre e bronze que foram retiradas. A sepultura da família da comerciante Maria Aparecida Yoshida foi alvo do esquema flagrado pela Prefeitura de Suzano. “Foram três furtos. A placa do meu pai e do meu irmão. No centro, tinham as letras em japonês, feito em metal, inclusive com as fotos.” Uma sindicância já foi aberta pela administração municipal para apurar quem são os responsáveis pelo material encontrado escondido no cemitério. As peças são tantas que precisaram ser levadas para a capela para serem catalogadas. Entre 300 placas e letras de túmulos e mausoléus estavam duas ossadas humanas, de uma criança e de uma mulher.a apreensão faz parte de uma investigação da prefeitura que em janeiro flagrou um esquema de desvio de pagamento de taxas de velório.
Um servidor, de 43 anos, segundo a controladoria, confessou a fraude. O valor do desvio pode chegar a R$ 170 mil . O servidor devolveu a prefeitura R$ 62 mil, em dinheiro, além de 19 talões de recibos que teriam sido usados pra serviços como exumação e sepultamento.
“Com a sindicância, com o levantamento de todas as provas necessárias, os funcionários que tiverem algum indicativo de culpa de participação vão responder um processo administrativo disciplinar que pode gerar a exoneração do cargo”, explicou o Secretário da Controladoria Geral do Município, Murilo Inocêncio.
Um boletim de ocorrência foi registrado e a polícia acredita que o mesmo servidor esteja envolvido nos dois crimes. “Os indícios estão convergentes pra ele. Então com certeza será apensado esse boletim de ocorrência nesse inquérito que apura o peculato. Agora vamos apurar também, esses objetos que estavam sendo, com certeza, à venda, num único processado para se estabeleça autoria”, detalhou o delegado Edson Gianuzzi. A prefeitura deve fazer um levantamento pra saber se existe queixas de furtos das peças encontradas. Informações pelo telefone 0800-774-2007. A pena para o crime de violação e profanação de sepultura pode chegar a até três anos de prisão, além de multa.
Data de Publicação:
18/2/2017
Fonte:
Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano com
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