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Família de RR denuncia negligência de funerária com tratamento de corpo |
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Familiares do jovem José Francisco, de 18 anos, encontrado morto em Caracaraí, no Sul de Roraima, denunciaram nesta terça-feira (29) ao G1 que houve negligência da funerária contratada para embalsamar o corpo do rapaz. Segundo uma prima do jovem, que preferiu não se identificar, a funerária Éden, de Boa Vista, não teria realizado o embalsamento. O jovem foi achado morto no último domingo (27). A prima do rapaz disse ainda que a empresa teria entregado o corpo do jovem em um saco, com mau cheiro e em um caixão menor do que o adequado. Por telefone, o representante da funerária Éden, que também não quis se identificar, afirmou que não houve negligência e que todos os procedimentos foram realizados de acordo com a lei. "Nós recebemos o corpo por volta das 14h do domingo da funerária e ele seria enterrado segunda pela manhã. A funerária afirmou que o caixão não poderia ser aberto, mas o odor estava muito forte e resolvemos antecipar o enterro", disse a denunciante. Segundo ela, já no cemitério, a mãe da vítima insistiu que o caixão fosse aberto em razão do odor. "Quando abriu vimos que ele estava em um saco. A funerária não colocou as roupas que mandamos. Além disso o caixão era menor que ele. O joelho estava dobrado e a cabeça inclinada para trás". Pelos serviços da funerária, a família pagou R$ 1,2 mil. O caso foi registrado na delegacia de Caracaraí, que deve investigar a denúncia. Funerária diz que não houve negligência Segundo a funerária Éden, não houve negligência no tratamento com o corpo. De acordo com a empresa, o corpo já estava em estado avançado de decomposição e, nessa situação, ele não poderia ser embalsamento. "O que fizemos foi colocar em um saco fúnebre e em seguida no caixão. Foi colocado um produto para não dar mal cheiro. A família foi avisada que não poderia abrir o caixão pois ele estava em óbito há mais de 48h", disse o proprietário da empresa que não quis se identificar. Sobre a denúncia de que o caixão era menor que o corpo, ele afirmou que a informação não era verdadeira. "Tanto é que o caixão estava lacrado". Sobre o mau cheiro sentido pela família, o empresário disse que era de produtos químicos usados para evitar o odor do corpo. "Adotamos o procedimento correto para a situação. rO Instituto Médico Legal orientou a família a levar direto para o cemitério, mas eles queriam esperar até o outro dia para enterrar. Eu disse que fazia o procedimento para aguentar um pouco mais, mas o caixão teria que ficar lacrado em razão do cheiro", afirmou.
Fonte:
Inaê Brandão - Do G1 RR
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