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Modelos mais baratos de caixão estão em falta nas funerárias de SP |
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Agências funerárias da Prefeitura de São Paulo possuem apenas modelos mais caros de caixão, como mostrou o SPTV. A situação constrangedora só piora a dor das famílias. A prefeitura nega que faltam caixões e diz que vai investigar. Na semana passada, Mário Anauate Neto perdeu a avó de 82 anos. Não bastasse a tristeza do momento, ele e a família ainda tiveram que enfrentar problemas com o serviço funerário. Ele queria comprar um pacote de serviços de pouco mais de R$ 2,5 mil, mas foi informado que o caixão que faz parte desse pacote estava em falta.
A prefeitura tem uma tabela com o valor dos caixões nas agências funerárias municipais. O mais barato é o modelo jasmim, que no tamanho padrão sai por R$ 701. Na quarta-feira (24), a reportagem ligou para as nove funerárias da prefeitura e perguntou sobre esse modelo mais em conta. Os funcionários dos estabelecimentos explicaram que está em falta. Os funcionários das agências também disseram que a falta de caixão é frequente.
Um agente funerário, que prefere não mostrar o rosto, diz que o número de caixões do estoque diminuiu muito nos últimos meses e que a maioria deles chega com defeitos.
“O caixão começa a abrir dos lados, rachaduras, a tampa não fecha. Todas as tampas estão vindo com defeito e, quando você vai dar uma forçada maior para fechar, trinca a tampa”, diz. Ao contrário do que as agências funerárias municipais disseram para nossa produção, a prefeitura afirma que não há nenhuma falta de caixão e que vai investigar a conduta dos funcionários dessas funerárias mostradas na reportagem.
As empresas responsáveis pela distribuição de caixões para a prefeitura são a Raffer Indústria e Comércio de Artigos de Madeira Limitada e Amantykir Industria e Comércio de Embalagens. A Raffer diz que entrega os caixões na qualidade exigida. A reportagem não conseguiu contato com a Amantykir.
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