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 Cemitério de SP tem 'pokestops' em túmulos e atrai fãs de Pokémon GO

De um lado, choro e luto. Do outro, jovens conversando e se divertindo com os olhos fixados nos celulares. Desde esta quarta-feira (3), quando o Pokémon GO foi oficialmente lançado no Brasil, este contraste passou a ser comum no Cemitério Municipal do Campo Grande, na Zona Sul de São Paulo. Além dos monstrinhos que estão espalhados por toda a cidade, o local abriga nada menos do que 11 "pokestops".

As "pokestops" são lugares que existem no mundo real e, no jogo, com a ajuda do sistema GPS, representam lojas em que os jogadores podem adquirir itens necessários para o desenrolar do game, como novas pokebolas e ovos pokémons, por exemplo. O curioso é que, no cemitério, as "pokestops" são túmulos e o jogo ainda fornece as coordenadas exatas, com foto do sepulcro e até o nome do falecido que está ali enterrado.

Na tarde desta quinta (4), enquanto uma mãe lamentava aos prantos a morte do filho e era amparado por familiares, ao menos dez jovens caminhavam pelo Cemitério do Campo Grande em busca das "pokestops" e na esperança de que novos monstrinhos cruzassem seus caminhos (perto do velório, inclusive, o G1 encontrou um deles: o inseto venenoso Weedle).

Rafael Couto de Alencar, de 19 anos, que, como ele mesmo brinca, "atualmente não faz nada a não ser caçar pokémon", era um deles. O jovem se diz um grande fã do desenho japonês e a tatuagem que leva na perna direita, além dos alargadores em formato de pokebola nas orelhas, não o deixam mentir.

Ele conta que baixou o jogo assim que ficou disponível no país e, como mora perto do cemitério, aproveitou a tarde livre para procurar pokémons e repor o estoque de itens de sua mochila virtual em uma das muitas "pokestops" do local. "Eu achei engraçado [as lojas serem dentro do cemitério]. Já vim aqui também com o intuito de achar pokémons de outros tipos. Como é um cemitério, já queria achar pokémon fantasma", brincou.

Rafael disse não considerar desrespeitoso o passeio pelo cemitério por conta do jogo. "Eu espero que [os parentes em luto] não se incomodem. Se for o caso, a gente sai, mas eu acho que não. Acho que é uma coisa superlegal, saudável. Pelo menos obriga as pessoas a saírem de casa e fazerem alguma coisa, caminharem, fazerem uma atividade."


Data de Publicação:  5/8/2016    Fonte: http://g1.globo.com/


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