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 Agente funerário suspeito de aplicar golpes do DPVAT se entrega à polícia

O agente funerário Vagner de Souza Ferreira, alvo da Operação Ressurreição, e que estava foragido desde terça-feira (26), se entregou à Polícia Civil por volta das 11h30 desta quarta-feira (27). Ele é suspeito de participar de uma quadrilha especializada em aplicar golpes para obter o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículo Automotor (DPVAT) e driblar o rodízio de empresas funerárias em Curitiba.

A operação foi deflagrada na capital e em outras cinco cidades do estado. Com a apresentação de Vagner, o número de presos totaliza 13, um deles foi detido em flagrante por porte ilegal de armas. Além das prisões temporárias, também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva.

Entre os alvos da ação estão um médico de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), empresários, funcionários públicos do IML e outros agentes funerários.

De acordo com as investigações, o esquema criminoso funcionava basicamente com a ajuda de funcionários do Instituto Médico-Legal (IML), que eram pagos pela quadrilha para fornecer informações antecipadas e privilegiadas de vítimas de acidentes de trânsito ou de mortes naturais.

Com as informações, os criminosos chegavam ao local antes da equipe do IML e enganavam os familiares para assinarem uma procuração que facilitava a abertura do processo para a obtenção do DPVAT.
Para enganar as famílias, os criminosos se passavam por funcionários do IML, da polícia e até do Exército.
Segundo o delegado Renato Figueroa, o grupo passava dias e madrugadas atrás de corpos de vítimas de acidentes de trânsito ou de morte natural e que pagava cerca de R$ 700 para funcionários do IML para obter as informações privilegiadas dos óbitos.

Filho falsificou atestado de óbito do pai
O funcionário de uma funerária de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, Luciano Ferreira, que é um dos presos na operação, é suspeito de falsificar um atestado de óbito com o nome do próprio pai, Luiz Gonzaga Ferreira, para receber uma indenização do DPVAT.

Gonzaga é dono da funerária onde Luciano trabalhava. O filho também falsificou o Boletim de Ocorrência (B.O) dizendo que o pai morreu atropelado.

Conversa mostra convite para golpe
Mensagens de Whatsapp mostram um dos líderes da quadrilha convidando um motorista do IML de Curitiba para participar da fraude. O suspeito oferece R$ 700,00 para cada corpo indicado pelo funcionário, que nega a oferta. A conversa foi divulgada pela Polícia Civil do Paraná.

Na conversa, o suspeito que, de acordo com a polícia, chama-se Tiago Alcaide Ferreira, pede discrição e chama o servidor para trabalhar com ele.

Ele diz que tem “uns esquemas muito bons de levantamento”. Ferreira fala que pega de quatro a cinco corpos por dia e que tem um bom informante.

Solicitar indenização do DPVAT não tem custo
O DPVAT foi criado no Brasil em 1974 e não é necessário intermediário ou despachante para solicitar a indenização. O seguro pode ser acionado até três anos após do acidente, em pontos oficiais, como agências dos Correios. Confira a lista.
O seguro indeniza todas as vítimas de acidentes de trânsito, seja motorista, passageiro ou pedestre. Não é analisada a questão da culpa. Em caso de morte, a família da vítima ganha o direito a indenização.

De acordo com a seguradora Líder- DPVAT, responsável pelo seguro, existem três tipos de cobertura. Em caso de morte, a indenização é de R$ 13.500,00; para invalidez permanente, até R$ 13.500,00; e no caso de reembolso de despesas médicas e hospitalares até R$ 2.700.

Após a entrega da documentação completa, conforme a seguradora, a indenização é paga em até 30 dias. O pedido gera um número de protocolo, que pode ser utilizado para acompanhar o processo pela internet ou pelo serviço de atendimento da seguradora.

Os documentos que devem ser apresentados variam conforme a ocorrência.





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