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Cemitérios verticais são alternativas |
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A falta de espaços para novos cemitérios impulsiona os empreendimentos verticais. No Alto Tietê, o mais tradicional e pioneiro, localizado em Suzano, planeja expansão e até projeta um crematório. A questão ambiental motivou o empreendimento que tem sido procurado por representantes de prefeituras de diferentes partes do Estado interessados em levar a ideia às cidades.
Há anos alguns municípios da Região lidam com a falta de locais apropriados para receber novos cemitérios. Por aqui, além da limitação de grandes espaços que possam comportar sepulturas, a legislação ambiental é extremamente restritiva por ter diversos pontos de mananciais. Conforme O Diário mostrou em reportagens anteriores, a tendência seguida por algumas cidades europeias é a verticalização. A cremação tem sido difundida em terras asiáticas. O único cemitério vertical local é o Memorial do Alto Tietê, na entrada de Suzano, às margens da antiga SP-66.
“As pessoas não entendem direito o conceito do cemitério vertical. Elas acham que os corpos são sepultados em pé. Eles são colocados em lóculos (parecidos com gavetas, com 2,40 metros de profundidade). Há muitos mitos, falta de conhecimento”, explicou Milton Coelho, presidente da Associação Pró Memorial do Alto Tietê, entidade mantenedora do local, inaugurado em 4 de julho de 2000.
Na prática, a situação funciona da seguinte maneira: se uma família compra um lóculo e um corpo é lá colocado, outro só pode ser posto lá quatro anos depois, quando for concluído o processo de decomposição do primeiro. Depois deste prazo, os restos mortais ficam em uma espécie de caixa, a ser armazenada na “gaveta” adquirida pela família associada ao cemitério. A capacidade é para até oito caixas. (Lucas Meloni)
Fonte:
http://www.odiariodemogi.inf.br/
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