Para que o entrosamento seja bem
aproveitado é necessário que o profissional conheça toda a estrutura da
empresa e saber o organograma de como ela é composta. Conhecer a diretoria, as
demais pessoas que trabalham direta ou indiretamente e as suas funções e,
principalmente, qual o produto que oferece aos seus clientes.
Esse tipo de entrosamento é
importante para que o assistente social possa direcionar seus objetivos e metas
de trabalho de acordo com os padrões e conceitos da empresa.
A necessidade de se ter um
especialista preparado emocionalmente cuja incumbência é a de atender o
cliente durante situação difícil às vezes é o ponto chave entre seus
concorrentes.
Segundo Célia Picão da Funerária
Campos Elíseos da cidade de Ribeirão Preto (SP) “você ter jeito é muito
diferente de se ter conhecimento. Ajudar com a bondade muitas vezes não é o
melhor caminho. O importante é usar toda a técnica de um profissional para
tentar amenizar o problema da perda do ente querido”.
O trabalho de uma assistente
social dentro da empresa funerária consiste em aplicar conceitos relacionados
à reflexão+decisão+ação+revisão.
Para um planejamento eficaz do
serviço social existem alguns tópicos de ação que devem ser analisados:
·
Mostra que os fins podem ser alcançados dentro da empresa funerária
se tiver eficiência x qualidade;
·
Apontar os meios presentes e futuros (custos x somas de recursos x
benefícios);
·
Apontar o diagnóstico da realidade (situação=social=problema
que vive o cliente);
·
Apontar a decisão (escolha de alternativas de execução viáveis
para definição do problema);
·
Apontar a ação;
·
Identificar a revisão (critica dos resultados obtidos visando
atingir o objetivo pré-estabelecido).
Em geral, às pessoas
enlutadas sentem que seus conflitos pessoais e íntimos são de uma
responsabilidade e, às vezes não admitem a presença de nenhum estranho. O
assistente social é o profissional indicado para o auxilio em situações
emocionais difíceis onde exigem uma maior percepção e uma empatia definida
para que o cliente não entenda como uma invasão de privacidade e sim como um
auxílio positivo que irá ajudá-lo a tomar decisões e resolver algumas situações
necessárias para aquele momento.
Instrumentos técnicos
utilizados pelo Assistente podem ser divididos em três etapas:
1.
Técnicas que levam à conscientização:
2.
Técnicas que levam à ação;
3.
Técnicas que levam a organização da ação.
O papel do Assistente Social no atendimento:
O papel do Assistente Social no atendimento a clientes
enlutados não é fácil, é muito minucioso e requer o desenvolvimento da habilidades como:
·
Ausência de prevenções e preconceitos – este é o típico
caso de profissional que acha que já sabe tudo o que vai acontecer, ou mesmo
daquele que implica com alguma coisa da pessoa. E é nessas horas que aparece o
preconceito estabelecido;
·
Vasto conhecimento do comportamento humano – é o conhecimento
de outras ciências como psicologia, sociologia que torna o atendimento mais
eficiente. Procurar não invadir essas áreas mais sim aproveitar o máximo das
técnicas que elas oferecem.
·
Habilidades de ouvir e observar – não se distrair enquanto o
cliente fala, esta atento aos detalhes e observar sua postura, seus gestos, pois
mesmo na linguagem não verbal, consegue-se traduzir muito o sentimento que o
cliente não consegue passar.
·
Habilidade de seguir o ritmo do cliente – não querer acelerar
ou frear o depoimento, seguir seu ritmo nada mais é do que agir naturalmente de
acordo com o tom da voz, o nível da conversa e o foco da situação exposta
pelo cliente.
·
Habilidade de conservar a perspectiva global do caso – ver sobre
todos os aspectos o problema verificando a interdependência entre as causas e
efeitos.
Assistir à família,
principalmente após o sepultamento de um ente querido, é um dos itens necessários
para saber o retorno do serviço oferecido pela funerária.
Esse trabalho é bem diferente
do de um atendente, pois existem momentos que “chorar” junto ou apenas ouvir
a família falar sobre o problema da ocasião não é adequado. Introduzir técnicas
específicas nessa hora se faz necessário e imprescindível para manter o
controle da situação.
Existem algumas manobras que são
utilizadas pêlos assistentes sociais. Para chegar até a família a assistente
social Antonia B. Godoy da Funerária Terra Branca de Bauru (SP) tem um jeito
especial. “Eu vou à residência dos familiares com a finalidade de entregar o livro de presença com o
endereço das pessoas que compareceram. Aviso que é para o caso de retribuir a
visita ou mesmo avisar sobre a a missa de 7º Dia e, aproveitando o ensejo, eu
pergunto como estão vivendo e aproveito para conversar, ouvir e orientar caso
seja necessário”.
Fonte: Revista
Diretor Funerário