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 Funerária
 Caixão ou emoção?

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T Ó P I C O    R E V I E W
Clayton Postado - 22/10/2008 : 10:36:41
A realidade do ramo funerário resume-se a venda de caixões cada vez mais baratos e velórios mais curtos. A frase “vai pra terra mesmo” é a justificativa para economizar tempo e dinheiro. Os psicólogos respondem isso com o estudo da morte e como o ser humano se comporta frente a ela, os economistas explicam através da crise da Ásia, dos bancos americanos, do preço do barril do petróleo e das bolsas do mundo afora. E nós, funerários, explicamos, aceitamos as explicações ou mudamos nossas atitudes comerciais?
Em recente programa “global” vimos a história de um homem endividado que pagou todas as suas dívidas e ficou rico vendendo espetinhos. Como ele conseguiu isso? Simples, agregou valor ao seu espetinho. Fez um curso no SEBRAE sobre carnes e temperos, as carnes usadas são selecionadas e de primeira (picanha, alcatra, filé mignon, etc.), trabalha uniformizado, cuida pessoalmente de todos os detalhes (quantidade de sal, tipos de ervas, ponto de assado, etc.) investiu o que ganhou no seu negócio (da churrasqueira portátil na esquina construiu um grande e sofisticado restaurante).
E a funerária como está? Quantos cursos você fez este ano? E seus funcionários? Como anda a organização do negócio? Você cuida de perto todos os detalhes ou é o último a saber do que está acontecendo? Você conhece todas as características dos produtos e vende de forma evolvente os benefícios que atendem as verdadeiras necessidades de seus clientes? Você vende coroa de flores ou homenagem? Aluga paramentos ou monta um cerimonial? Faz o transporte do corpo do velório pro cemitério ou um cortejo? Acompanha o coveiro no fechamento da sepultura ou faz desse procedimento um evento emocionante e inesquecível? Você vende a tanatopraxia que permite velamento de até 15 dias evitando vazamentos, inchaços e mau cheiro ou um cuidado especial com a pessoa falecida preservando sua imagem, deixando-a bonita, cheirosa, bem arrumada pra que todos que venham ao velório constatem que ela foi bem cuidada pela família, que é uma pessoa importante e especial, que descansou e esta em um bom lugar?
Para refletirmos e discutirmos: A concorrência se vence com menor preço ou com investimento, qualidade, inovação; E se é dessa forma, porque então participamos de concorrência pública onde o quesito é menor preço? Será que nós mesmos não estamos acabando com nosso mercado ou os seres humanos mudaram a cultura, compram um caixão simples, fazem um velório curto e se desfazem do morto rapidamente?
5   Ú L T I M A S    R E S P O S T A S    (mais novo)
Clayton Postado - 15/07/2013 : 22:28:42
E mudou alguma coisa no cenário político, econômico e social?
E mudou alguma coisa na tua funerária?

Clayton Postado - 13/03/2012 : 15:19:38
Três anos se passaram, seiscentos e doze pessoas leram esse tópico... alguém saberia me dizer se algo mudou de lá para cá? as dificuldades são as mesmas? "apareceram" soluções inovadoras?
FUNERARIAGONZAGA Postado - 09/11/2008 : 09:51:32
Bom dia a todos!

Aproveitando o "gancho" para não deixar de falar da bela mensagem do meu Amigo e Parceiro Clayton, conto-vos uma rápida história:

Trabalhamos com móveis sob medida durante muitos anos. Certa feita uma senhora nos procurou para orçar um projeto. Passei-o ao que ela me falou: - Meu marido vai me jogar do prédio quando eu falar com ele, sobre seus preços... Dissemos a ela: Traga-o aqui. No sábado daquela semana, lá estava a Rose com seu marido Itamar, ao que ele logo comentou: - Voces estão loucos, acham que vou pagar tamanha quantia? Nos posicionamos dizendo-lhe da imponência do seu apartamento, a magnitude de sua decoração, e o mesmo só se tornaria viável, com o toque final de nossos produtos, e que somente nós teríamos condições de executar tal planejamento. Ele nem pensou e perguntou: - Como pago? Dissemos: Metade agora, restante na entrega. Ele, tirou o talão de cheques do bolso e deu por aceito mossas palavras... Executamos aquele projeto, e até hoje uns 20 anos depois, ainda recebemos desse casal, o elogio pela "obra de arte".

No setor funerário, não foi diferente... FIZEMOS A DIFERENÇA, mudamos todo o perfil de funerais em nossa cidade. Numa audiência pública, meu pai recebeu o reconhecimento de "ícone" do setor, o que não deixa de ser orgulhoso para toda nossa família.

O Clayton, homem culto e inteligente, graças a Deus, parceiro nosso, foi muito feliz nessa matéria. TEMOS QUE SERMOS OUSADOS, a ponto de mostrarmos às famílias que atendemos, e elas aceitarem a nossa filosofia, metodologia, tecnologia, respeito e demais atos que envolvem o momento da separação. O preço real e o tempo para executar tal serviço, nós "experts", profissionais no assunto é que devemos ditá-lo. Por isso, temos que nos aperfeiçoarmos dia-a-dia com investimentos, principalmente tecnológicos, para podermos sempre competir com a QUALIDADE, e não com o preço, com SERIEDADE, e não com o charlantalismo.

Agindo de maneira respeitosa junto à família, principalmente no momento de dor, estaremos alicerçados para o futuro de nossas empresas e de nossas vidas.

Meus parabéns e respeitos ao Clayton pela linda mensagem.
Com o mesmo espírito, carinho e admiração, os deixo tambem à MAIÊUTICA, pelo sucesso alcançado através do profissionalismo, e também pelos lindas "matérias" que aqui nos apresentam.

Que Deus a todos abençoe.

Abraço fraternal,

Eres.
maieutica Postado - 07/11/2008 : 00:21:54
Que bela mensagem postada nos ultimos tempos! Achei que o pessoal do ramo funerário tivesse esquecido de pensar na sua própria postura diante da morte e do luto. Realmente, como diz Clayton, a despedida de uma pessoa amada deve receber o tratamento que merece, uniforme, carro limpo e atualizado, cerimônia organizada e muuuuuiiiito respeito nas atitudes por parte da equipe funerária e dos cemitérios. Atualizar-se é fundamental, criatividade e bom senso também.
Ao que parece, o pessoal anda mais preocupado em fazer piadas ....
Clayton Postado - 04/11/2008 : 17:46:36
Cortejo Fúnebre
É o ato de acompanhar respeitosamente o cadáver de alguém até o cemitério. A comitiva é composta por parentes, amigos, conhecidos, curiosos, autoridades civis, militares e eclesiásticas. Pode ser simples ou pomposo, de acordo com a importância que a pessoa tinha em vida, da sua família ou de algum acontecimento relevante que causou sua morte.
Durante o acompanhamento as pessoas seguem em silêncio ou rezando, cantando, proferindo discursos em exaltação à vida da pessoa falecida e até mesmo exibindo faixas e cartazes de protestos contra a falta de segurança ou de saúde.
Nas pequenas cidades o cortejo é feito a pé, o caixão com a pessoa falecida vai à frente seguido dos acompanhantes, não raramente faz-se uma parada na igreja onde o eclesiástico faz orações e menções à memória do morto conclamando os presentes a refletirem sobre suas vidas. Já nas cidades, é feito de carro, em velocidade baixa, com os faróis e pisca alerta ligados.
A figura principal do cortejo fúnebre indubitavelmente é o cadáver, mas o carro funerário e a organização do evento são o destaque visual. O carro funerário é o que mais aparece nesse momento, algumas empresas usam carros antigos, verdadeiras relíquias, outras preferem carros novos ou de marcas famosas e de elevado custo. Dependendo da importância social da pessoa falecida o cortejo é feito em carro de bombeiro.
Empresas menores, que não dispõe de recursos para investir em carros especiais podem usar o do dia a dia, tomando cuidado com a limpeza, com o brilho da pintura e vidros, com os pneus impecavelmente pretos, etc. Arrumar um modo de fixar as coroas de flores em cima e nas laterais do carro, que, sem cometer excessos, ganha um visual interessante. O agente funerário pode usar um uniforme desenvolvido especialmente para essas ocasiões de maior vulto.
É a oportunidade que a empresa funerária tem para mostrar seus serviços, sua qualidade, sua eficiência, sua “exclusividade”. É a melhor hora para “aparecer”, para fazer uma publicidade indireta, para fixar sua marca no mercado com criatividade e, sobretudo com bom senso.

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