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   Reclamar ou Agir?

Gostaria de propor um exercício. Toda vez que você se pegar reclamando de alguma coisa – verbal ou mentalmente -, abra sua agenda e marque um x no dia correspondente. Um x para cada reclamação. Faça isso durante uma semana e, depois, verifique quantos sinais de x você acumulou. A quantidade poderá surpreendê-lo. Quanto maior for a quantidade de sinais, maior é o tempo que você está perdendo com sentimentos e atitudes contraproducentes.

Todo mundo precisa desabafar uma vez ou outra. Mas é preciso ter cuidado para não fazer da reclamação um hábito constante. Se não prestarmos atenção nisso, corremos o risco de virarmos aquele tipo de pessoa que parece estar reclamando – ou pior, se lamuriando – até mesmo quando não está. Transformamos a nós mesmos numa espécie de caricatura, como aquele personagem de um antigo desenho animado que estava sempre dizendo: “Oh, vida! Oh, dor!”

O problema é que o lamuriento acaba passando uma imagem de desânimo e de insegurança emocional tão poderosa que é capaz de obscurecer suas outras qualidades. “Se ele é assim tão capaz, porque reclama tanto em vez de agir?” – é o que os outros vão pensar. Restam ao lamuriento duas escolhas: dizer que ninguém o compreende e continuar como está, ou redirecionar a energia que perde ao se lamentar para atitudes mais úteis e produtivas.





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