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   Autonomia X Satisfação

A edição 2006 do Guia EXAME-VOCÊ S/A As Melhores Empresas para Você Trabalhar revela que nas empresas onde as pessoas tem autonomia para gerenciar a própria carreira a satisfação é maior. A BrasilPrev, empresa de Seguros e Previdência, é um case nesse sentido. Há três anos, a companhia tinha o perfil de estatal. Os chefes eram autoritários, as pessoas estavam desmotivadas e o crescimento profissional era limitado por um plano de carreira que não permitia promoções. Hoje, a empresa tem outra cara.

O antigo plano de carreira foi atirado na lata do lixo. Um dos fatores que motivou a mudança foi entender a Brasilprev no seu contexto de negócio. O mundo hoje é dinâmico e competitivo. "Quando você trabalha com uma estrutura rígida você abre espaço para um processo de frustração de expectativa. Ou seja, quando você diz para os profissionais da sua empresa: 'olhe, aqui nós temos um plano de carreira bem estruturado. Se você desempenhar bem suas funções, amanhã vai estar melhor posicionado na hierarquia da organização'.

Isso é irreal. Daí termos abolido o plano de carreira", diz André Camargo, superintendente de gestão estratégica da BrasilPrev. Na pratica, a principal mudança está na forma como a empresa acompanha o desempenho das pessoas. Hoje, se dá ênfase a avaliação de desempenho e no planejamento da carreira de cada funcionário pós-avaliação. Agora, também procura se reconhecer todo o trabalho bem feito.

A idéia é deixar claro para o funcionário qual o perfil de profissional que a empresa quer e que comportamento está mais alinhado com a estratégia do negócio. "Estamos criando um ambiente onde as pessoas são mais empreendedoras e abertas para inovação", diz André.Na BrasilPrev, a palavra carreira ganhou novo sentido. As pessoas eram acomodadas e insatisfeitas. "Agora, os profissionais estão mais motivados e vêem que podem crescer se a empresa for bem", observa o executivo. Há três anos, a taxa de satisfação dos funcionários para o item desenvolvimento profissional ficava na casa dos 60%. Hoje, é de 80,7%.


Fonte: http://vocesa.abril.com.br


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