O Ministério da Saúde iniciou ontem a Campanha Nacional de Doação de Sangue com objetivo de fidelizar os doares no País. Apenas 1,8% dos brasileiros doam sangue, índice abaixo da média da Organização Mundial de Saúde (OMS). A campanha "Ajudar está no Sangue" pretende, além de ampliar doação, torná-la freqüente, segundo informações do ministério.
O sangue e seus derivados são fundamentais para o funcionamento de qualquer sistema de saúde no mundo. No caso do Sistema Único de Saúde (SUS), não é diferente. Todos os dias milhares de procedimentos médicos são realizados e, em muitos deles, o sangue é essencial.
A campanha baseia-se na valorização do doador, mostrando que o gesto de doar sangue é motivo de orgulho e que cada doação pode salvar até quatro vidas. Serão veiculados filmes na TV aberta e nos cinemas e haverá também spots em 27 rádios das capitais e em praças do interior.
Enquanto a demanda aumenta, as doações nos últimos anos vêm caindo. De acordo com dados da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, em 2006, foram registrados 3.337.823 doadores e, em 2007, esse número caiu para 3.307.346.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que a média da população doadora de sangue deve estar entre 3% e 5% em relação à população total do país. Países como Canadá e Inglaterra já atingiram mais de 5%. Entre todos que doaram sangue nos últimos cinco anos (média de 1,8% da população brasileira), 40% o fizeram, pelo menos, duas vezes ao ano - o que é considerado por especialistas um índice baixo. Os homens são responsáveis por mais de 70% das doações e a faixa etária mais atuante, 50%, é de jovens entre 18 e 29 anos.