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   Estresse Prejudica Menos o Cérebro de Indivíduos que são Fisicamente Ativos

O estresse é um mecanismo essencial para a sobrevivência. Em resposta aos desafios do dia-a-dia, um aumento da atividade do sistema nervoso simpático é observado. A adrenalina aumenta, provocando um aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial para que mais sangue seja levado para os músculos em atividade.

O estresse por tempo prolongado resulta em danos nos vasos sangüíneos, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (derrame), diabete e muitos outros danos à saúde associados ao estilo de vida moderno.

O exercício físico regular ajuda a minimizar os efeitos adversos do estresse. O exercício físico, especialmente o vigoroso, é uma forma de estresse e tem como resposta um aumento da freqüência cardíaca, pressão arterial, etc. Entretanto, atividades repetidas condicionam o corpo a aceitar mais desafios com menos aumento dos hormônios do estresse como a adrenalina. O corpo gradualmente se acostuma a realizar um trabalho maior com uma freqüência cardíaca e pressão arterial menor. O exercício aumenta também a tolerância ao estresse mental. Pessoas fisicamente ativas têm uma resposta menos intensa dos hormônios do estresse em relação aos desafios mentais e emocionais e lidam melhor com situações estressantes. Portanto, a atividade física pode melhorar a saúde mental ajudando o cérebro a lidar melhor com o estresse.

Evidências sugerem que pessoas fisicamente ativas apresentam taxas de ansiedade e depressão mais baixas que indivíduos sedentários. Para determinar como o exercício poderia trazer esses benefícios, pesquisadores estudaram a ligação entre exercício e neurotransmissores* associados com estresse, ansiedade e depressão. Ate agora, as evidências mostrando que o exercício causa uma grande liberação de endorfina não são muito consistentes. Como mostrado no texto anterior - clique aqui - , as endorfinas são liberadas na corrente sangüínea durante o esforço físico. Várias situações de estresse induzem a liberação de endorfinas na corrente sangüínea. Vários tipos de exercício físico também aumentam os níveis sangüíneos de endorfinas, especialmente quando a intensidade do exercício físico é alta.

Por outro lado, pesquisas têm mostrado que a noradrenalina, um neurotransmissor (substâncias químicas liberadas pelo sistema nervoso) liberado no sistema nervoso, ajuda o cérebro a lidar com o estresse mais eficientemente. Trabalhos com animais desde o final da década de 80, têm mostrado que o exercício físico aumenta a concentração cerebral de noradrenalina em regiões cerebrais envolvidas na resposta ao estresse. A noradrenalina é grandemente produzida numa área cerebral (lócus cerúleos) que conectam muitas das regiões cerebrais envolvidas com respostas emocionais e de estresse. O exercício físico força os sistemas fisiológicos do corpo (todos aqueles envolvidos na resposta ao estresse como os sistemas cardiovascular, sistema renal, sistema muscular, etc.) a se comunicarem mais do que numa situação de repouso. Todos são controlados pelo sistema nervoso central. Portanto, o exercício físico tem um grande valor nesse trabalho de comunicação desses sistemas; quanto mais sedentário nós somos, menos eficientemente nosso corpo responde ao estresse. Concluindo, quando uma pessoa é fisicamente ativa seu corpo automaticamente desenvolve uma proteção contra os efeitos negativos do estresse.



Fonte: Vya Estelar


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