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   Fidelidade Faz mais Bem ou Mal à Vida a Dois?

As pessoas fazem sexo por vários motivos: busca de prazer, prostituição, conseguir promoção, emprego ou se manter nele, fortalecer a autoconfiança. Há ainda os que fazem sexo (e com hora marcada!) para fazer filhos ou por obrigação: "Tenho que comparecer toda semana ou todo mês".

Mas a grande busca pelo sexo tem como ideal desfrutar do prazer de estar junto de alguém para partilhar um momento especial ou um projeto de vida. Mas sempre que falamos em partilhar um projeto de vida pensamos em casamento.

Estamos em uma sociedade onde as práticas de bigamia ou poligamia são ilegais e religiosamente proibidas. Aí vem à tona um questionamento: "Será que monogamia faz realmente bem à vida a dois? Por que a infidelidade é tão comum?

Mas quando ouvimos falar de infidelidade sempre pensamos em homens e mulheres sexualmente insatisfeitos ou em conflitos matrimoniais. É verdade que esses motivos são fortes, mas nem sempre são determinantes de uma relação extraconjugal.

Os motivos para trair são vários: auto-afirmação (sentir-se desejado), necessidade de viver uma aventura e correr riscos, por pressão de amigos (as); parece coisa de adolescente mas muitas pessoas na idade madura precisam mostrar para seus amigos sua ousadia. É engraçado, nessa seara rolam muitas mentiras.

Sabemos que há várias formas de infidelidade, segundo o psiquiatra Frank Pittman, autor de 'Mentiras Privadas', são as seguintes:

- Infidelidade acidental: ocorre por um deslize e pode muitas vezes gerar a preocupação e o cuidado para não voltar a acontecer.

- Infidelidade crônica: são pessoas caçadoras, há uma neurose pela busca de prazer e afirmação de seu poder de conquista, não há vontade de conhecer alguém diferente, ou insatisfação na relação, mas uma mania de trair e, como toda neurose, merece tratamento.

- Infidelidade romântica: viver um intensa paixão (ou várias), com direito a desencantos. Nessa busca desejam um ideal de sexo ou de parceiro. Muitas dessas pessoas podem se queixar da monotonia na relação, mas a maioria delas não gosta da possibilidade de que seu parceiro traia.

Homens e mulheres reclamam muito dessa monotonia. Ambos resistem em tentar uma reaproximação, como se quisessem resgatar as sensações da paixão incontrolável, alguns chegam a perguntar: "Vou ter que fazer sem vontade de começar"?

As relações extraconjugais muitas vezes vêm como uma alternativa excitante e econômica; não financeiramente, mas em gasto de energia. Ou seja, encontrar fora da relação aquilo que gostaria de viver, experimentar o novo, mas sem fazer nenhum esforço para isso.

Muitos dirão que essa variação estimula a relação 'oficial'. Pode ser que funcione para alguns como uma injeção de autoconfiança, desde que não sejam descobertos.

Embora estejamos em outros tempos, as traições ainda vêm sempre acompanhadas de culpa. Logo depois do prazer e da excitação vem o conflito, principalmente para as mulheres. E muito difícil sair ileso. A descoberta de uma traição gera muita dor, raiva e culpa.

Quem foi traído se culpa, tentando descobrir em que ponto falhou, e quem traiu, porque provocou dor no outro.

Monogamia ou traição?

Essa é uma escolha pessoal, não há certo, errado ou regra a seguir.

Homens e mulheres desejam mais intimidade, variações e novidades na vida sexual. Isso foi constatado na pesquisa de Bem-Estar Sexual Mundial (The Durex Global Sexual Wellbeing Survey), maior fabricante mundial de preservativos, publicada em abril e foi tema do artigo anterior - clique aqui e leia.

É ilusório achar que a traição trará prazer e a excitação perdida, pois se você nessa nova relação não investir em mudar sua postura, logo estará com as mesmas queixas e sensação de monotonia e de perda da paixão.



Fonte: Vyaestelar - Arlete Gavranic


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