Eu sou feliz? Esta é uma pergunta que todos nós deveríamos fazer diariamente. Sim, não devemos confundir felicidade com acomodação. Não somos felizes cedendo nossos desejos. É nato do ser humano se acomodar muito facilmente às condições impostas pela vida. A riqueza e a miséria, mesmo representando fatores opostos, têm força de acomodação impressionante. Peguemos como exemplo uma mãe com bebê de poucos dias de vida. Será que ao ato de acordar, várias vezes na madrugada fria, seja para dar mama ou ninar sua criança, podemos chamar essa condição de felicidade? Claro que não! Há muitas mães que, por mais amor que possam ter a seus filhos, diante de tal incomodo físico maldizem a si e a eles. Comportamento idêntico de desamor nós temos diante de uma relação apaixonada.
Mesmo sabendo que a felicidade eterna não é prêmio para terráqueos, devemos sempre nos questionar se é justo nos acomodarmos, sufocar nossos sonhos e perdermos o trem que conduz os prazeres da vida. Agora ninguém pense que eles são estritamente ligados à carne. Aliás, na maioria das vezes é a força do corpo que conduz a dor.
E a dor física deixa mazelas para o resto de nossa vida, encurtando a estrada da alegria. Devemos ter muito cuidado com nossos instintos, a ousadia dos nossos olhos e a irracionalidade de nosso corpo. Eles podem produzir momentos de prazer, mas nunca a felicidade tão sonhada por todos nós. Sejamos vigilantes de nós mesmos, porque cada um de nós é responsável pelo encontro da razão da vida. Quem libera o corpo com irracionalidade perde o trem da felicidade. E devemos ter pressa de alcançar a felicidade. Ser feliz é mais que um direito é a primeira e grandiosa obrigação dos seres humanos para com a vida. É a tal felicidade que abre caminhos para a evolução dos mundos