O líder é responsável pelo que faz, pelo que não faz e, principalmente, pelo que impede de ser feito! Não me lembro o nome do autor dessa frase, mas ela é perfeita para mostrar a presença ou ausência de liderança nas organizações. Hoje em dia, precisamos ter a mentalidade do verdadeiro líder, que sabe que precisa estimular o crescimento das pessoas se quiser evoluir na carreira. Quando o time cresce, o líder é promovido.

E para isso, é importante se cercar de pessoas competentes e ajudá-las a se desenvolver, inclusive, preparando alguém para ocupar o seu lugar. Mas o que é uma idéia muito simples, na realidade, acaba se transformando num projeto complexo porque, infelizmente, a maioria das pessoas se apega às situações.
Para alguém chegar a ser gerente ou empresário, é suficiente saber fazer tudo o que precisa ser feito. Mas quando as pessoas crescem, a competência passa a ser insuficiente. Aliás, se você confiar somente em si próprio, ficará impossível crescer em seus projetos.

Imagine, se o Sam Walton, criador do Wall Mart, não tivesse aprendido a trabalhar com outros profissionais competentes, qual seria o destino de sua empresa? Provavelmente, teria desaparecido, pois, além de não ter crescido, não teria preparado executivos capazes de ampliar esse negócio.

Liderar exige que, além de ser bom no que faz, você consiga que os outros sejam bons em suas funções. Ao olhar o brilho de uma carreira, você percebe que as pessoas que obtêm mais sucesso são as que criam equipes poderosas.

Minha vida é palestrar em empresas ou convenções. Algumas delas são exemplo de empresas com pessoas competentes, motivadas e integradas ao seu projeto – conscientes da estratégia do grupo e fãs dos seus líderes. Infelizmente, outras são exemplo de pessoas desmotivadas, sem nenhum compromisso com a empresa, loucas por um convite para ir trabalhar em outro lugar e com total desprezo pelos seus comandantes.

Porém, não precisa ser um conferencista para ver quando uma empresa tem liderança ou não. Nos restaurantes, é só observar a roupa dos garçons ou a energia nos olhos da vendedora, sua forma de falar. Nos hospitais, é fácil observar que as enfermeiras olham nos olhos dos pacientes e familiares quando falam com eles.

A falta de líderes é fatal para o projeto de crescimento de uma empresa. E o meu maior trabalho, como conferencista e escritor, tem sido convencer pessoas a assumirem o seu papel de líderes.

O líder na empresa funciona como uma grande quituteira, que junta a farinha, os ovos, o leite e o fermento e faz um banquete inesquecível. O falso líder junta os mesmos ingredientes e cozinham um “tijolo” impossível de ser saboreado.

Eu fico surpreso como lideranças incompetentes conseguem destruir empresas maravilhosas, e como pessoas capazes conseguem transformar empresas perdedoras em exemplos de competência. São os líderes que criam as estratégias, motivam as pessoas, comprometem clientes e fornecedores e fazem o sucesso da organização, enquanto a empresa sem líderes só consegue criar desculpas para o fracasso.

Quando olhamos a evolução de empresas concorrentes, percebemos claramente que os efeitos dos seus resultados foram provocados por uma liderança consistente e eficaz. São profissionais que percebem as mudanças no cenário, escolhem as melhores opções tecnológicas e humanas, motivam as pessoas, criam equipes e, principalmente, aceitam participar desse processo de mudança com honestidade e coragem.

Roberto Shinyashiki: é conferencista e escritor – autor do livro Liderança para Valer! (Editora Gente)