Um dia, um médico determinará que o meu cérebro vai parar de funcionar e que,de um modo essencial, a minha vida parará. Quando isso acontecer, não tentem introduzir vida artificial no meu corpo.
Em vez disso, dêem a minha visão para um homem que nunca viu o sol nascer,nunca viu a face de um bebê ou o amor nos olhos de uma mulher...
Dêem o meu coração para a pessoa que do seu já vem sofrendo há tempo... Dêem meus rins àquele que ,de semana a semana ,depende de uma máquina para existir...Tomem meu sangue, meus ossos, cada músculo e nervo do meu corpo e encontrem uma maneira de fazer uma criança paralítica andar...
Explorem cada canto do meu cérebro. Tomem minhas células e deixe-as crescer de modo de modo que, algum dia, um menino mudo seja capaz de soltar um grito de gol e uma menina surda possa ouvir o som da chuva contra a janela...
Queimem o que restar de mim e espalhem as cinzas ao vento, para que ajudem no desabrochar das flores...
Se quiserem enterrar algo que sejam as minha faltas, as minhas fraquezas, meus preconceitos contra o próximo, os meus pecados,
enfim...
Ao se lembrarem de mim, façam-no com uma ação gentil ou uma palavra a alguém que dela precise...
Façam tudo isso e eu viverei para sempre...
Pensem nisso.!
Autor: Robert M.Test - (Texto gentilmente enviado por Waldir Ignácio Limberger, Patrão do CTG Gurupi-TO, publicado na pag.02 do Jornal Gauderio n.08,em Dezembro/2006)