Na busca dos vários conceitos referentes à palavra "Mudanças", seleciono cinco que considero propícios para o momento:
"Se o nível de mudança de uma organização é menor que o nível de mudança externo, o fim está à vista". (Jack Welch, ex-executivo-chefe da GE) "Toda mudança organizacional desafia a lei animal do menor esforço. Ainda que seja mudança comprovadamente para melhor". (Gary Hamel, consultor inglês) "Ninguém pode persuadir outra pessoa a se modificar. Cada um de nós toma conta da porta de mudança, que só pode ser aberta pelo lado de dentro. Não podemos abrir a porta de outra pessoa, seja por meio de argumentos ou de pressão emocional". (Stephen R. Covey, consultor norte-americano) "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo". (Jesus Cristo)"É mais fácil mudar um país do que mudar uma pessoa". (Roberto Mangabeira Unger). O que poderia ser acrescido à lista acima, que pudesse expressar o meu pensamento em relação àquilo que entendo como "mudanças"? Na forma de linguagem popular e satirizando o próprio conceito, definimos que: "Quem não muda, dança". Este "conceito" pode muito bem ser aplicado em todos os segmentos. Por exemplo, os profissionais que se acomodaram e não acompanharam as diversas evoluções, "dançaram". Algumas ocupações face às evoluções foram extintas, citamos como exemplo o caso do "operador de telex".
Acompanhei o caso de um gerente, que ao invés de investir em seu desenvolvimento e no de seus liderados, a fim de estarem preparados para as constantes mudanças, procurava garantir o seu emprego e dos demais. Quando as mudanças chegaram à sua área, não estando preparado para enfrentá-las, erigiu um muro de resistência a elas. Conclusão: não só ele "dançou", como não pôde evitar que todos os que comungavam com a sua "doutrina" dançassem.
As "mudanças" que aconteceram na nossa empresa, por razões estratégicas, foram de caráter limitado e circunscritas a algumas atividades. Foi quando no início de 2004, apresentei alguns projetos que propiciavam "mudanças" na área de área de Remuneração/RH. O ato de ousar em apresentar estes projetos não foi nada fácil, foi, então, que descobri que é preciso estar preparado para enfrentar os obstáculos e dificuldades que advirão, tais como: resistências, críticas, pessimismos, inseguranças, descréditos, invejas, sabotagens etc. Porém, não devemos permitir que tais obstáculos e dificuldades obstruam nossos sonhos. Se não for possível realizá-los na organização em que nos encontramos, aguardemos o momento certo para concretizá-los.
Envolver os resistentes nos processos de mudanças, exige de cada um de nós maturidade, resiliência, sabedoria e humildade. Aplicadas estas virtudes, com certeza conseguiremos algumas vitórias, pois todos e, principalmente, a nossa organização, seremos beneficiados.
Na certeza de que deveria prosseguir nas propostas de "mudanças" concernentes à agregação de valores à minha empresa, prossegui no intento de realizá-los e dos 100% que foram apresentados, 20% foram implementados; os 80% restantes considero como aquela pequenina semente de mostarda, que plantada e cultivada com a devida paciência e persistência, na hora certa brotará e se transformará em uma planta em que até os passarinhos constroem seus ninhos.
Valeu a pena correr o risco de ousar nas "mudanças", porém considerem o seguinte: se ousar, ouse no que você acredita ser coerente, incontestável e o melhor para todos, mostrando e provando objetivamente que estas "mudanças" trarão resultados éticos, profissionais e, conseqüentemente, financeiros a empresa.
Face ao exposto, concluo o seguinte: a única coisa certa é que tudo vai mudar. Portanto, devemos estar constantemente "antenados" e preparados, procurando desenvolver a capacidade de criar, inovar, intuir, inventar etc.
A pergunta que não deve calar é a seguinte: Estamos preparados para ousar, arriscar, apresentar e aceitar as "mudanças"?
Se não, com certeza "dançaremos" e seremos devidamente "sucateados".
Se sim, com certeza estaremos motivados e entusiasmados em tudo o que fizermos, participando como agentes auxiliadores dos nossos companheiros, colaborando para que no futuro não façam parte deste grande salão de "dança".
Do que foi escrito, a lição que tirei foi a seguinte: estive à porta deste salão de "dança", mas consegui escapar a tempo. Se você se encontra nesta situação, não desanime, ainda há esperança, contem comigo, pois continuo contanto com vocês.
Lembre-se, não existe vitória sem luta.