Um pai que sai para tomar um sorvete com o filho, que o acompanha ao cinema, que o ajuda a dar os primeiros passos e, principalmente, que se planeja para não levar trabalho para casa nos finais de semana e, assim, ter mais tempo com a família e, claro, com ele mesmo.
As situações citadas são cada vez mais comuns nos dias de hoje. E o que antes parecia mera percepção foi comprovado num estudo realizado pela International Stress Management Association no Brasil, no final do ano passado, intitulado Envolvimento Familiar do Novo Homem.
Para concluir este estudo, mais de 1.000 profissionais, todos homens, na maior parte com até 40 anos de idade, se propôs a responder a uma pesquisa.
Os resultados foram bem animadores: 33% afirmam estar mais envolvidos com a família, 30% têm mais tempo para brincar com os filhos e 20% executam mais tarefas domésticas. No campo profissional, 28% dizem que renunciam a uma promoção ou a algum benefício profissional para ter mais tempo com os filhos, 10% buscam uma nova carreira profissional para ter mais horas com a família e 6% afirmam que optaram por trabalhar apenas durante um turno para ficar mais tempo com a prole.
Isso mostra que os homens estão, finalmente, conseguindo encontrar o equilíbrio entre satisfação pessoal e profissional – nem só trabalho, nem só lazer. E no mês de agosto deste ano, os dados acima devem, no mínimo, ser motivo para que as empresas reflitam.
Por que estou dizendo isso?Porque apesar das boas novas, ainda existe um descompasso entre o desejo masculino e a realidade no dia-a-dia das empresas. Os profissionais ainda esbarram com a falta de flexibilidade nos horários de trabalho. Eles querem levar os filhos na escola, participar da educação deles...
Mas como encontrar apoio para isso dentro das corporações?Talvez este seja o momento das empresas começarem a se alinhar a esta nova realidade.
Quem ganha com isso?Todos: empresa e funcionários.
É sabido que satisfação pessoal é um dos itens que tem mais influência nos níveis de estresse. Quem sabe equalizar lazer, tempo com a família e afazeres profissionais está menos suscetível aos altos níveis de estresse, ou seja, este colaborador se torna mais pró-ativo, em todos os sentidos. E os filhos, com certeza, vão se beneficiar com a presença mais constante dos pais!
Fonte: Ana Maria Rossi, Ph.D, é presidente da ISMA-BR, International Stress Management Association no Brasil, e organizadora do livro recém-lançado "Stress e Qualidade de Vida no Trabalho – Perspectivas atuais da saúde ocupacional" (Editora Atlas). Mais informações no site
www.ismabrasil.com.br.
Você tem um pai que, além de ser um profissional dedicado, também é atencioso com a família? Então, não pode deixar de demonstrar seu amor por ele.