Um menino cresceu com os avós e sempre vendo que estes andavam curvados e com a ajuda de uma bengala. Então, o garoto achava que andar daquela forma é que era o correto, e sem perguntar a seus avós e sem que eles o ensinassem, o menino cresceu como um velho – utilizando umas e outras “bengalas”, mas sem nenhuma experiência de vida, como os antigos. Mal tinha noção de que ele tinha muita força, juventude, ânimo, sabedoria, vontade, e alegria, para gastá-los com muito vigor durante longos anos pela frente.
O problema é simplesmente este em nossas vidas. Mas ainda pior, porque sabemos que temos força, sabedoria e juventude para realizar tantas coisas, mas, muitas vezes, nos deixamos acomodar e acabamos “esfriando” para as coisas que exigem esforços de nossa parte. Por conta disso, usamos “bengalas e mais bengalas” para lidar com a vida e com nossos afazeres.
Quais têm sido as suas “bengalas” de cada dia?
Será que, se formos colocados à frente de algo saberemos lidar com a situação, como as provações, por exemplo? Ou será que vamos ficar dependendo dos demais para dar conta do que nos foi confiado? Até quando vamos nos apoiar em pessoas, em lugares, em seguranças aparentes desta vida? Tudo isso vai passar um dia, vai nos deixar, e aí ficaremos como bebês a engatinhar? “Engatinhando” com as coisas de Deus?
Por quanto tempo mais acharemos que Deus vai nos esperar, esperar nossa decisão, nossas atitudes diante da vida, nossos passos concreto na fé e na oração? Por quanto tempo?
E, se um dia a família passar, e se as dores vierem sem você esperar, e se as pessoas em quem você se apoiava o decepcionarem ou simplesmente desaparecerem? E se, um dia, o acesso à Igreja não for mais tão fácil como agora? Vai perder a sua fé ou vai olhar em volta e abrir os olhos para a vida?
Você sabe que tem a força, a juventude, a sabedoria e os meios para obtê-las e nada está longe ou impossível, tudo está tão próximo e fácil, que não podemos mais nos acomodar, mas sim, aproveitar para nos fortalecer.