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   A Vida Após a Morte

A vida após a morte? É uma questão que todo o mundo se coloca. Talvez não hoje... mas um dia, necessariamente. Amanhã talvez, devido a um conhecido, um amigo que está em vias de nos deixar.

Alguns dizem: "Talvez haja qualquer coisa, veremos quando estivermos lá. Por que me inquietar agora?"
Outros passam a vida inteira preparando esse encontro do além, preparando a eternidade, tal é sua importância.

Mas sem dúvida todos sentimos repugnância ao pensar na morte porque somos feitos para a vida. Eis porque é muito útil esclarecer o que podemos saber sobre a vida depois da morte.
Entre as respostas tão diferentes que nos são propostas, o que crer? Em quem acreditar? Os materialistas, os "ateus" dizem: "tudo acaba com a morte, não há senão o mundo que continua a girar".

Os defensores da reincarnação dizem: "há várias vidas sucessivas, até que nos tornamos o Grande Todo e que não respiramos mais a vida (nirvana)".

Os judeus, os muçulmanos e os cristãos acreditam que depois desta vida há uma vida eterna de felicidade com Deus. Os cristãos, em particular, dizem que nós ressuscitaremos com nosso corpo, como Jesus Cristo.

Como pode haver algo depois da morte? Se o corpo morreu, como pode restar alguma coisa de nós?

A primeira questão com efeito é saber como podemos continuar alguma espécie de vida depois que nosso corpo morreu, que ele permanece na terra; e logo este corpo terá desaparecido, todos os seus elementos se perdendo na terra ou no ar.

Nestes últimos anos muitos livros falam de experiências da "vida depois da morte". Médicos americanos até mesmo publicaram teses sobre este assunto. De acordo com testemunhos recolhidos nesses livros certas pessoas doentes, muitas vezes em fase pós operatória, num estado muito crítico, morrem e isso é constatado biologicamente. E depois de algum tempo percebemos que elas retomam a vida. E elas foram interrogadas para saber o que experimentaram no tempo em que pareciam mortas. Ficamos espantados ao constatar uma grande semelhança. Em geral essas pessoas experimentaram uma existência fora de seu corpo que podiam contemplar como espectadores. E o que revela a maioria daqueles que fizeram essa experiência é que eles tiveram uma confrontação com um ser luminoso e misericordioso. A imagem e identidade deste ser variam mas ela é tanto menos precisa quanto as pessoas sejam pouco ou nada crentes. E entretanto, a confrontação com um julgamento misericordioso, com uma bondade, parece a mesma.

É preciso reconhecer no entretanto, seja qual for o interesse e o valor destes testemunhos, que eles se relacionam com uma experiência "nas fronteiras da vida e da morte". Com efeito, todas essas pessoas recomeçaram a viver como nós e é por isso que elas podem falar. Assim, podemos pensar que o Ser misterioso deste encontro "talvez lhes tenha dado um aviso, feito uma interrogação, dado uma nova chance, um estímulo para viver a bondade e o bem; mas se trata da retomada, da continuação idêntica da mesma vida que essas pessoas tinham anteriormente entre nós".

Há portanto algo a talvez aceitar desses testemunhos: nos limites extremos da vida do corpo pode se revelar de modo mais evidente que nosso corpo não é tudo o que somos, que um fino ponto de nosso ser é capaz de se interrogar sobre seu corpo, sobre sua vida, sobre seu destino. Será a alma?

Eis aí uma pergunta essencial.

Contrariamente ao que creem os materialistas, veremos por quais razões ditas ou não ditas é certo que nossa existência "material biológica" não pode exprimir tudo de nós mesmos. Não é lógico reduzir nossa vida aos limites próprios da biologia naquilo que ela tem de mais profundo, nossas aspirações mais verdadeiras, e o sentido que temos de um último destino. Isso não é tão difícil de compreender. Tomemos um exemplo:

Um homem pode amar uma mulher com seu corpo. Mas é falso dizer que é somente com seu corpo que ele pode amar. E aqueles que limitam o amor ao corpo estão equivocados. O verdadeiro amor vai mais longe, é mais profundo. E é mais duradouro. Amar de verdade é amar não somente com todo o seu corpo mas de todo o seu coração, com todo o poder de sua alma. É amar ao outro pelo outro. É querer sua felicidade mais que tudo. É esquecer-se para amar, e é amar para sempre.

A felicidade também. O homem é feito para a felicidade; como seríamos infelizes se não tivéssemos nenhuma idéia, nenhum desejo de felicidade! E se experimentamos a felicidade, que mais desejaríamos? Não somente que continue a ocasião que nos obteve a felicidade mas que o fato de ser feliz dure sempre qualquer que seja a razão. Há pois qualquer coisa em nós que vai além do corpo, que é feita para desejar a felicidade sem fim, é o que os cristãos e muitos outros chamam de alma.

E a morte é um obstáculo. Somos feitos para ser felizes, desejamos uma felicidade eterna, e não que acabe com a morte. Esta felicidade sem fim, nós a desejamos todos para nós mesmos, para aqueles que amamos, porque temos uma alma não nos consolamos com a morte, temos como que um desejo natural, irreprimível da eternidade, a alma não é feita para desaparecer na terra.

As objeções daqueles que creem que não há nada depois da morte,os "materialistas".

Eles têm objeções de ordem exterior e outras que são de ordem interior, em si mesmas: as primeiras são de raciocínio objetivo, que se pode discutir, as outras são reações interiores, feridas ou medos internos inteiramente pessoais a cada um. Nem sempre temos consciência mas podemos acalmá-las, curá-las quando essas feridas vêem à luz.

A objeção principal dos materialistas é simples, eles declaram que não há nada fora do mundo físico (físico-químico), o mundo que se pode observar pelos sentidos e medir. E eles creem nisso como os outros creem em Deus, o que é bastante surpreendente.

Esta objeção é considerada "científica", e ela tem sido efetivamente a opinião daqueles que chamamos "cientistas".

Estes cientistas, na segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX, diziam não acreditar na ciência, e eles impressionavam as pessoas menos instruídas buscando proteção senão na Ciência. Eles estavam persuadidos de que o método científico iria explicar tudo. Eles rejeitavam como irracional qualquer outra fonte de saber, de conhecimento ou de sabedoria. Fora da ciência todo o resto era coisa vã, bolhas de sabão. Mais ou menos como se um especialista em grego vos declarasse que tudo o que não estivesse escrito em caracteres gregos não teria nenhuma significação. Não se podendo medir a alma nem pô-la em equação, eles concluiam que ela não existe.

Estas teorias materialistas são ditas "reducionistas" porque elas reduzem o homem a quantidades, cálculos, reações químicas, esquemas fisiológicos.

O pensamento, o amor, a vida são reduzidos a ser somente a "superestrutura" de reações físico-químicas.
Com isso os cientistas não eram menos que os outros sucetíveis a julgamentos "anti-científicos" para salvaguardar suas teorias.
Assim os adversários do grande Pasteur, o sábio que descobriu os micróbios e as vacinas, acreditavam na geração espontânea. Por que? Não pelas verdadeiras causas científicas, mas pelo ateísmo, porque eles pensavam: se não há geração espontânea de animais pelo meio, onde os encontramos habitualmente, seremos obrigados a crer na Criação e no Criador.

Por outro lado o próprio Pasteur, tão exigente em matéria científica, acreditava na existência da alma e da eternidade. Ele agradecia a Deus por suas descobertas (por exemplo, em seu discurso durante a inauguração do Instituto Pasteur). E ele escreveu a propósito da morte de um de seus filhos a mais bela declaração de esperança. Encontrar-se na eternidade? Porque é bem aí que está a questão. E ela está inteiramente fora da química, da astronomia ou da física: meu filho que morreu está absolutamente morto? Para sempre? Ou tem ou terá ele parte em uma felicidade viva onde eu poderei encontrá-lo? E contemplar de novo seu sorriso. As promessas de Deus são tão absurdas?

No coração do homem, não há um temor secreto diante do mistério de Deus e da eternidade : medos e feridas dos ateus?

Muitos de nossos amigos ateus ou pessoas que dizem que não há nada depois da morte têm objeções de uma outra natureza do que dizer "não há nada fora das ciências físicas". Suas dificuldades em crer na vida da alma e na eternidade do Céu, são de ordem muito pessoal. Estas são questões que tocam a liberdade, a moral, a justiça, o amor dos outros, nossa história pessoal. Vamos tentar mostrar que estas questões são verdadeiras mas que são muitas vezes colocadas de forma má por causa de nossa história pessoal. Então não podemos ter a boa resposta; nós a rejeitamos por antecipação porque temos medo. Não queremos escutar por medo de ouvir algo que nos fará mal: tapamos os ouvidos. E, no entanto, se escutássemos a verdadeira resposta, que alegria, que libertação!

Há ateus que não conseguem aceitar a idéia de que há uma vida eterna; eu conheço isso muito intimamente porque seu pai, sua mãe, sua amiga, seu marido... morreu descrente aparentemente. Então se diz: esta pessoa amada, admirada, não pode ir para o Céu com Deus, se há um Deus, porque ela não acreditava. Ou então, essa pessoa fez coisas que não estão conforme ao que imagino ser a moral desejada por Deus. Em todos os casos prefiro que não exista Deus nem vida eterna, porque eles seriam excluídos e isso é triste demais.

Mas a reincarnação, não é também uma vida depois da morte? É possível ter várias vidas sucessivas?

Em nossos dias muita gente diz que acredita na reincarnação. Muitas vezes não se sabe bem o que quer dizer isso, mas parece moderno.

Por que alguns são fascinados por esta idéia de reincarnação, o que vale ela?

Há dois pedidos profundos nesta atração pela reincarnação.

1 - Sinto forte em mim que minha vida profunda não foi feita para acabar. O nada me repugna. É preciso de qualquer modo que minha vida, meu ser, dure além da morte numa certa forma de vida. Em verdade, o que procuramos de um lado sob o nome de reincarnação é a eternidade. Mas na verdade, será a teoria da reincarnação a boa resposta, é o caminho que leva à verdadeira felicidade?

2 - As pessoas sentem que esse não é o caminho do Paraíso. Tanto uns como os outros têm consciência de que temos necessidade de ser purificados. Não fomos um dia um pouco ou muito cúmplices do mal no mundo por um mal que praticamos?
As doutrinas da reincarnação sugerem que de uma vida para outra (recomeçadas na terra) iremos nos purificar e nos livrar do mal que nos cola à pele. Esta idéia é profunda e muito respeitável.





Data de Publicação:  15/3/2006    Fonte: www.1000questions.net


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