Pessoas felizes vivem mais e melhor, enquanto pessoas mal-humoradas, estressadas, tristes e deprimidas vivem menos.
Pesquisadores ingleses comprovaram que a felicidade está ligada ao bom funcionamento do sistema cardiovascular. Em recente estudo, pesquisadores do University College, em Londres, mostraram a correlação entre felicidade e medidas de bom funcionamento do sistema circulatório e endócrino. Através de questionários que “medem”o grau de felicidade foi observado que os mais felizes liberavam menores quantidades de cortisol, uma substância que participa no desenvolvimento de hipertensão e arteriosclerose. Estas duas doenças são as responsáveis pela maioria das mortes em todo mundo.
Este é um bom exemplo de ciência que comprova o que a sabedoria popular afirma há tempos. A relação entre corpo, mente e doenças é objeto de pesquisa há décadas. Sempre se afirmou que os mais estressados apresentavam maior chance de terem um infarto do miocárdio. De fato o estresse crônico aumenta os níveis de catecolaminas na circulação, substâncias estas que levam ao estreitamento das artérias. Também o estresse ativa as plaquetas que são responsáveis pela coagulação do sangue. Os dois efeitos somados levam a uma condição propícia para o entupimento de uma artéria, o que causa o infarto e o acidente vascular cerebral.
Obviamente, nem tudo é tão simples assim. Não é qualquer tipo de estresse que tem efeito deletério.
Pelo contrário, o estresse é o que nos motiva a continuar. É o desafio que impulsiona para frente.
Porém, certos tipos de estresse, como a incapacidade de controlar o próprio destino, seja no ambiente
de trabalho ou socialmente, o isolamento social, que causa a insegurança, ou mesmo a raiva podem
ser extremamente deletérios. Estudos com animais comprovaram que isolamento e inferioridade no
grupo estavam associados a mais entupimento de artérias. Posteriormente, pesquisadores de Boston demonstraram, na década de 90, que um episódio de raiva forte dobrava o risco de acontecer um infarto
do miocárdio.
A depressão está ligada a maior chance de apresentar um evento cardiovascular. Pacientes que apresentam uma doença, quando se tornam deprimidos pioram suas chances de recuperação, ou mesmo agravam o quadro.
Como solucionar o problema? Não basta apenas querer ficar feliz para escapar. O que se sabe é que algumas atividades como a meditação e relaxamento liberam na circulação substâncias protetoras e diminuem os hormônios ligados ao estresse, como o cortisol e a adrenalina.
Pense duas vezes antes de se alterar com alguém no trânsito ou brigar com o colega de trabalho. O prejudicado pode ser você. Em tempo: uma caminhada com duração de 45 minutos, realizada 3 vezes por semana, reduz a chance de um infarto em 50%.