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   Se você perdeu alguem...

        Quando estamos perto de uma pessoa querida que sofreu uma perda, às vezes ficamos com medo de provocar mais dor e sofrimento, ficamos cheios de dúvidas e sem saber que caminho escolher.

        Sua presença é importante. Estar junto de uma pessoa enlutada, sem cobranças e sem expectativas pode ser muito valioso.

        Se você quer ajudar, forneça uma lista escrita das coisas que pode fazer e os horários disponíveis; lembre-se que há coisa simples que são difíceis de realizar quando se está muito abalado, como transporte, compras, cozinhar, limpeza e outras atividades rotineiras. Lembre-se de cuidar de coisas práticas que ficam esquecidas.
Se você é próximo o suficiente, ofereça-se para ficar com as crianças, conversar e brincar com elas. Ter um adulto conhecido e calmo junto delas já é uma grande contribuição e pode ser um descanso para os pais enlutados.

        Não evite falar do(a) falecido(a) e não tente evitar que as pessoas enlutadas falem dele(a). Seja um bom ouvinte, sem forçar a conversa; apenas deixe que saibam que você vai ouvir. Em caso de dúvida, pergunte.
Tolere as variações de humor e até algumas crises de raiva; não são contra você. O luto também significa sentir raiva pela perda sofrida.

        Lembre-se que certas datas são marcantes e especialmente sofridas: aniversário de nascimento, de morte, de casamento, feriados e dias festivos. Mantenha o contato nessas datas: um telefonema para dizer que você também se lembrou pode ser acolhedor.

        Luto é um processo que leva mais tempo do que em geral supomos; você pode observar períodos melhores e piores, mudanças nas pessoas enlutadas, uma aparente regressão “quando tudo ia tão bem”. Não espere um processo contínuo e linear, as oscilações vão ocorrer.
O luto é uma reconstrução; a pessoa enlutada não vai “voltar a ser o que era”. Ela estará construindo uma nova identidade, novas crenças, novos sonhos. O luto é o caminho para uma nova etapa de vida.






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