Usuário:

Senha:


Esqueci a Senha!    
Cadastrar-se    



 

   O Que se Pensa Sobre Isso


        A maneira como as pessoas vêem a morte varia de época para época e de uma cultura para outra. No livro “Filosofando - Introdução a Filosofia” de Maria Lúcia de Arruda, a autora afirma que a morte é o destino certo de todos os seres vivos e que só o ser humano sabe disso, o que lhe causa angústia por não saber o que virá depois dela. A escritora afirma que esse angustiante medo do desconhecido leva as pessoas a tentar entender e explicar o que acontece quando a vida acaba. Talvez seja esta uma tentativa de preencher de significados o ato de viver, lutando contra o esvaziamento de sentido, o sentimento de impotência diante dessa grande certeza – a morte.

        Arruda explica que os humanos não pensam apenas na morte real, o fim da vida, mas também nas mortes simbólicas, nas perdas, ela cita o nascimento como a primeira morte e diz que toda vez que algo acaba, tem um fim, o ser humano passa pela experiência da “morte”. Para essa autora os “artistas, os revolucionários, os heróis e os santos” são os que estão prontos para enfrentar o desafio da morte, porque são capazes de construir coisas novas e de superar o que é velho. Eles, ao realizarem ações novas, deixam de praticar atos antigos, então estão mais acostumados com o fim.


        A Morte e a Sociedade 

        O sentido dado ao fim da vida varia de acordo com o grupo social. Nas sociedades tribais, a morte não é vista como problema. Nessas sociedades, a individualidade não é forte, por isso, quando um membro desse grupo morre, o fato não é visto como o fim ou como o aniquilamento da vida. Para eles, o morto apenas saiu de um mundo, o dos vivos, e foi para outro, o dos mortos.

        Na atualidade – em sociedades modernas do sistema capitalista - a morte é vista ou encoberta pela individualidade e pela pressa que dita o ritmo do dia-a-dia.

 

        Se por um lado os doentes, hoje, são tratados em locais próprios e por profissionais preparados – médicos e enfermeiras –, diferente do que acontecia no passado quando o doente ficava em casa com a família; por outro lado, falta ao moribundo a família, ou um ambiente mais afetivo, visto que o médico “apenas realiza seu trabalho” - o doente não tem uma “mão amiga” na hora da morte. Esse medo do fim e da solidão causado pela morte transforma o tema em tabu nas sociedades modernas. O doente, ou aquele que está próximo da morte é posto à margem da sociedade, já não participa da vida dos que ele ama.



        Fonte: Jornal O Girassol - Palmas/TO






Envie este artigo para um amigo Imprimir este artigo Comentários




Voltar para a p�gina anterior