Como as empresas e as pessoas combatem o e-mail indesejado e a perda de
produtividade gerada pelo spam hega um e-mail inútil na caixa de mensagem de um
funcionário, ele lê rapidamente e manda para a lixeira. A cena é corriqueira e a
solução parece simples. Mas o que fazer quando o volume de texto não solicitado
salta para centenas ou milhares e afeta todos na empresa?
Apesar de parecer inofensivo, o spam
é uma praga virtual que gera perdas reais para as companhias. Segundo
estimativas da consultoria Ferris Research, os prejuízos causados pelos e-mails
indesejados devem atingir 50 bilhões de dólares em 2005, principalmente com a
perda de produtividade. De acordo com o último relatório semestral sobre
segurança divulgado pela empresa Symantec, mais de 60% das mensagens que
circulam pela rede mundial de computadores são spam.
Felizmente, há ferramentas – algumas
gratuitas, como o SpamBayes, plug-in que se integra ao Outlook nas versões 2000,
XP e 2003 – que permitem a pequenas empresas e usuários domésticos reduzir o
volume de inutilidade recebida por correio eletrônico e diminuir o tempo
desperdiçado.
“Perdia quase duas horas por dia
limpando a correspondência eletrônica”, conta Eduardo Favaretto, diretor da
ControleNet, distribuidora de produtos de informática de São Paulo. “Com o
MailWasher, dou conta das 700 mensagens recebidas em cerca de 20 minutos”,
completa.
No caso da Controlenet, o antispam
está instalado em cada computador, com configurações de bloqueio determinadas
pelo usuário. Outra forma de gerenciamento do lixo eletrônico adotado pelas
empresas é ter uma solução instalada no servidor de rede, barrando o spam antes
de ele chegar às estações.
“Nesse tipo de solução, o
gerenciamento fica a cargo do administrador, o que facilita a atualização do
produto e a vida dos usuários”, destaca José Antunes, gerente de engenharia de
sistema da McAfee, empresa que oferece softwares como o SpamKiller for
MailServer.
A versão Small Business para Exchange
do produto da McAfee sai por 50,89 reais por licença, enquanto o anti-spam para
ISA Server, indicado para empresas que já utilizam o antivírus VirusScan, custa
24 reais por usuário. Para bloquear as mensagens, o produto adota técnicas como
análise heurística, método que estabelece regras e pontuação para determinadas
palavras, e utiliza listas com remetentes confiáveis ou já classificados como
spammers. O resultado é uma solução que chega a barrar 95% do lixo eletrônico,
segundo o fabricante. O SpamKiller também tem uma versão para uso individual que
permite a importação de listas de endereços e filtra conteúdo de contas do
Hotmail.
A Trend Micro, que só oferece
soluções de anti-spam para pequenas empresas integradas a pacotes com antivírus,
também promete nível de identificação semelhante. “Tanto com o Client Server
Messaging Suite quanto com o InterScan VirusWall for SmallBusiness é possível
brecar entre 90% e 95% do spam”, explica Fábio Peake, gerente comercial da
empresa.
Com licenças que custam
respectivamente 90 reais e 51,40 reais, com o dólar cotado a 2,57 reais, essas
soluções da Trend Micro filtram e bloqueiam as mensagens antes que cheguem ao
desktop. O Cliente Server trabalha apenas com Exchange, enquanto o InterScan
funciona independentemente da plataforma de correio utilizada. Para o usuário
doméstico, a Trend Micro incorpora funções de combate ao spam no PC-cillin 11,
pacote que inclui antivírus, firewall, anti-spyware e controle de conteúdo.
O mercado de pequenas e médias
empresas é atendido pela Symantec com soluções como o Brightmail. O produto
possui filtros que permitem ao administrador criar novas regras para bloquear
rapidamente mensagens como novos golpes bancários, por exemplo, ao analisar
itens como remetente ou conteúdo. Usuários residenciais ou pequenos escritórios
têm à disposição o Norton AntiSpam 2005, software que se integra a programas
como Outlook Express, Outlook e Eudora.
E-Mail
Preservado
Confira oito dicas da especialista em
segurança Renata Cicilini Teixeira, autora do livro Combatendo o spam, para
manter seu e-mail limpo
• Não responda ao spammer pedindo o
descadastramento porque com essa ação você confirma a legitimidade do seu
e-mail.
• Não faça cadastros em sites usando
seu e-mail pessoal ou profissional. Crie uma conta específica para essas
situações.
• Leia os formulários de cadastros e
fique atento a opções como "desejo receber informações sobre nossos produtos?”.
• Verifique a política de privacidade
dos sites antes de fazer o registro, certificando-se de que seu e-mail não será
repassado ou vendido a terceiros.
• Não utilize endereços de e-mail
curtos e comuns, como joao@provedor.com.br. Eles são descobertos facilmente por
spammers Nunca compre um produto ou serviço que foi anunciado em um e-mail
indesejado para não incentivar a prática.
• Evite publicar os e-mails no
formato usual (fulano@empresa.com.br) em sites. É melhor estabelecer o contato
por meio de formulários que escondam o endereço.
• Não divulgue seu e-mail pessoal ou
comercial em sites públicos como comunidades virtuais, newsgroups ou chats.
Fonte: Daniel dos Santos,
PC World