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   Você é Um Workholic?

        Quando a palavra workholic se difundiu, como sinônimo dos viciados em  trabalho, tinha até uma conotação positiva.
Dedicar-se integralmente ao emprego era atitude de um profissional exemplar.  Hoje, no entanto, as empresas começam a valorizar o empregado que cumpre suas  tarefas dentro do período diário estabelecido em contrato, cultiva a própria saúde e não sacrifica a vida pessoal. É claro que não se trata de benemerência capitalista.  Os especialista em recursos humanos perceberam que a pessoa que sabe organizar melhor seu dia costuma render mais que o tradicional workholic.

        O que era uma uma impressão geral ganhou aval científico. Um estudo feito por especialistas americanos, tendo por base grandes firmas de advocacia, comprova que  a profusão de horas extras e o hábito de dar duro nos finais de semana não aumentam a produção de ninguém. Por um motivo simples: quando se trabalha além da conta, cai o nível de concentração de tarefa que está sendo executada.

        Adiar férias também deixou de impressionar bem os patrões. Quando sintomas como tensão, ansiedade e fadiga aparecem, é sinal de que o corpo já estava pedindo uma pausa para descanso, e de que, se nada for feito, a empresa terá que arcar com uma licença médica.

        Está provado que férias bem aproveitadas reduzem o riscos de infecções e de problemas cardíacos. Nos períodos de descanso prolongado, o organismo diminui a produção de substâncias associadas ao stress. Quem tem um cotidiano de muito trabalho e quase nenhum lazer deve saber que, cedo ou tarde, a luz vermelha se acenderá e o corpo dará um jeito de pedir arrego. "Os mais predispostos ao stress são os que não conseguem relaxar, não admitem falhar e dão mais importância à carreira que aos outros aspectos da vida", explica o médico José Roberto Leite, professor do departamento de psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo. É um mau negócio para todos os lados.


       
        Fonte: Revista Veja






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