Um
deficiente visual vem caminhando rumo a um buraco: o que as pessoas de bem
fazem? Ajudam, advertindo-o do perigo iminente. Princípio mais elementar da
solidariedade humana - evitar que o outro tenha um desnecessário sofrimento,
perda, dissabor de qualquer natureza. Embora isso seja instintivo e universal,
muita gente perdeu o contato com as reações humanas mais primitivas e adequadas.
Por exemplo, alguém está caído na rua, as pessoas passam e não sabem o que fazer
e, por isso, não tomam a iniciativa de ajudar.
Alguns fatores fazem com que as
pessoas não tenham prontidão para ajudar quem precisa de ajuda: competitividade
exagerada que leva a ver o outro como concorrente ou até inimigo, problemas
psicológicos que tornam o sujeito ego-centrado e egoísta, medo e mentalidade de
escassez, isto é, a idéia de que se ajudar os outros fica sem ou perde espaço.
Ora, tudo isso são distorções da boa vida social a serem corrigidas.
Quando é obrigação ajudar os
outros:
· Quando um colega inadvertidamente
está a caminho de cometer um erro que provoque perda para si mesmo, ou
comprometa sua imagem, sua carreira, a produtividade do grupo ou da empresa;
· Quando alguém está a caminho de
fazer algo, por ignorância, que vá trazer dissabores para si mesmo;
· Em qualquer situação de perigo em
que outro se encontre.
Uma interrogação básica e reservada:
Você não tem nenhuma vontade de ajudar os outros, em nenhuma circunstância?
Então, provavelmente precisa de ajuda, pois, como disse o Dalai Lama, o natural
é o bem. É bom saber que quem está com os olhos do bem usualmente é mais
produtivo (a longo prazo), mas bem-sucedido (regra geral, que tem exceções), e
mais feliz.
Fonte: José Antônio Rosa