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   Dia de Finados

        O culto aos mortos é muito antigo e esteve presente em quase todas as religiões, principalmente nas mais antigas. Inicialmente era ligado aos cultos agrários e de fertilidade. Os mais antigos acreditavam que, como as sementes, os mortos eram enterrados com vistas à ressurreição.

        Na prática da Igreja Católica, o Dia de Finados surgiu como um vínculo suplementar entre vivos e mortos, destinado a todos. O próprio mundo profano, em geral, também aderiu a essa prática. Os falecidos, sempre estiveram presentes nas celebrações da Igreja e no Memento dos mortos, no cânon da missa. Já no século I, os cristãos rezavam pelos falecidos: visitavam os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava.

        No século X, a Igreja Católica instituiu oficialmente o Dia de Finados. A partir do século XI, os papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) passaram a obrigar a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII, esse dia passou a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1o de novembro é a Festa de Todos os Santos.

        Com o passar do tempo, a comemoração ultrapassou seu aspecto exclusivamente religioso, para revelar uma feição emotiva: a saudade de quem perdeu entes queridos. Hoje, o Dia de Finados é um dos feriados mais universais. São cerca de mil anos de celebração pela fé na ressurreição.

        As pessoas costumam celebrar os mortos levando flores aos túmulos e rezando por eles. Alguns preferem chamar a data de ''Dia da Saudade'', retirando o peso do aspecto fúnebre e enfatizando as melhores lembranças daqueles que se foram.
 

        Fonte: UFGNet






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