Segundo um
estudo americano, ficar sem emprego é a terceira maior dor que um ser humano
pode sofrer. A maior é perder um filho. A segunda é perder os pais. Há uma
imediata e inevitável sensação de fracasso. Pessoas sem emprego sentem-se
sozinhas, constrangidas e inferiores. A vida parece mais insípida, mais tênue.
A maioria das pessoas é definida em
termos de seus empregos e acabam recebendo um sobrenome corporativo. Quantos de
nós não conhecemos o Fulano da Xerox, o Beltrano da Shell, o Sicrano do
Bradesco etc. A verdade é que o emprego ajuda as pessoas a ter uma referência
e dizer a si mesmas e aos outros quem elas são.
A falta de emprego gera uma perda de
identidade e diversas outras implicações, como a baixa auto-estima, ansiedade,
sensação de abandono e incompetência. Ele ocasiona fases de instabilidade
emocional e desesperança, intolerância nas relações familiares e sociais que
são prejudicadas pela mudança no status social e aumentam as preocupações
com a vida financeira e os apelos de consumo.
Ao ficar desempregado, o indivíduo que
ocupava um cargo de importância vai se surpreender ao ver que a maioria do
“profissionais de RH” não dá feedback.
O feedback é uma forma de demonstrar
consideração e respeito pelo ser humano. Ele minimiza incertezas e ansiedades.
O feedback é parte fundamental do processo que visa orientar as pessoas a
apresentarem comportamento e desempenho adequados a uma determinada situação.
Todo feedback que recebemos em relação
àquilo que realizamos é de essencial importância para nosso aprendizado e
crescimento. Através de um feedback podemos modificar nossa maneira de encarar
e lidar com determinados assuntos e idéias, e trabalharmos com mais empenho se
necessário, em busca de melhores resultados.
Pessoas bem-sucedidas sabem valorizar as
críticas que recebem e aprendem a utilizá-las em proveito próprio. Somos
sabedores que essa situação descrita acima se torna ainda mais traumatizante
diante da falta de perspectivas gerada pelo atual cenário de recessão e
desemprego. Mas é importante saber que não existe crise que resista a alguns
bons momentos de reflexão. Por mais que possa existir crise, a vida lá fora
continua, independentemente dos índices divulgados. Toda crise, seja nova ou
antiga, se torna maior quando faltam perspectivas.
O feedback ajuda os profissionais em busca
de oportunidades e recolocação exatamente a renovar suas perspectivas a partir
de mudanças de rumo identificadas com as críticas e avaliações.
Resumindo, Recursos Humanos têm um papel
fundamental na própria auto-estima do país, ao ajudar a imensa população de
desempregados a se auto-analisarem e renovarem seus conceitos e esperanças.
Washington Sorio - Catho on line