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   Telefone Celular: um assunto quente no local de trabalho

        Um toque de celular surpreendeu a palestrante. Ela procurou descobrir na platéia quem era o responsável pelo inconveniente, e com o rosto em chamas, percebeu que era o seu celular que estava tocando.

        “Por favor, desligue seu celular”, é uma exigência comum em seminários e conferências. Ainda assim as pessoas esquecem. Ou não se importam.

        Telefones celulares são tanto uma benção quanto uma maldição. Através do celular, o profissional pode se comunicar de forma mais rápida e eficaz com clientes, fornecedores e com a sua própria empresa.

        Ao mesmo tempo, telefones celulares podem ser indiscretos e até perigosos.

        A lei já restringiu o uso de aparelhos celulares enquanto a pessoa está na direção de um veículo. Ainda que mãos livres não signifiquem necessariamente que a pessoa está livre de distrações.

        Com os celulares ficando onipresentes na nossa sociedade, o uso deles é difícil de regulamentar.

        Uma pesquisa recente descobriu que os toques irritantes dos telefones celulares são o incômodo número um no ambiente de trabalho, seguido pelo mau funcionamento dos equipamentos, como fotocopiadoras, máquinas de fax e impressoras.

        Leonardo Santos, gerente de operações de um escritório de contabilidade, disse que está lutando com a questão dos telefones celulares no ambiente de trabalho. “Nós temos um escritório pequeno com 15 pessoas, onde todo mundo tem um celular. Constantemente os telefones estão tocando, o que cria distrações”, afirma Leonardo.

        O escritório de contabilidade tem uma política contra o uso dos telefones da empresa para ligações pessoais. Entretanto não há restrições para os celulares, já que eles são dos próprios funcionários.

        Leonardo acertou com uma solução fácil: Ele solicitou que todas as ligações pessoais fossem postas na função vibracall no local de trabalho.

        O uso do telefone celular mexe com muitas questões. As pessoas se tornaram dependentes (literalmente) dos seus celulares; elas conduzem todos os seus negócios profissionais e pessoais neles, não importa onde estejam. E muitas não parecem se importar que outros as ouçam.

        Instituir uma política de proibir o uso de telefones celulares pessoais no local de trabalho é quase impossível. Muita gente depende deles para manter contato com seus filhos adolescentes, com a babá das suas crianças e com aquelas pessoas queridas. Muitas pessoas estão abandonando os telefones residenciais, fazendo dos seus telefones celulares seu veículo de comunicação, tanto para a vida pessoal quanto para a profissional.

        André Borges, gerente de uma exportadora, diz que seu telefone celular permite que ele esteja em contato com sua esposa e sua filha recém-nascida.

        Ao mesmo tempo, ele adverte aos candidatos a uma vaga de trabalho que eles deveriam desligar ou deixar em casa seus celulares quando forem fazer uma entrevista. “É o que manda a etiqueta”, diz ele.

        Mariana Pessoa, diretora de uma multinacional, sugere que sejam estabelecidas “zonas livres de celular” onde o uso do aparelho é proibido.

        De acordo com Mariana, as empresas também deveriam dar intervalos para os funcionários fazerem ligações pessoais dos seus celulares, assim como poderiam oferecer intervalos para fumar e relaxar.

        Quando em público, os funcionários deveriam ser instruídos a manter um tom de voz baixo enquanto estão falando ao telefone celular e evitar discussões acaloradas.

        Durante uma reunião, coloque seu celular na função vibracall ou desligue-o, e deixe sua caixa postal receber suas chamadas, ela diz. “Assegure que a pessoa com quem você está tenha prioridade, ao invés de dar atenção ao celular”, Mariana afirma.

        Não entre em uma reunião e comece a ouvir as mensagens do seu celular, ou as escrever no seu PDA ou na agenda eletrônica.

        Mariana diz ter testemunhado um homem que após receber um cartão de visita, gravou em sua agenda eletrônica o nome e o número da pessoa, e, em seguida, devolveu o cartão. A outra pessoa ficou chocada.

        Deixar de prestar atenção em alguém para atender ao celular ou usar sua agenda eletrônica, faz a outra pessoa sentir inferior, e até mesmo magoada. Provavelmente não é o que você quer fazer com um potencial cliente ou fornecedor.

        Dicas Sobre o Uso dos Telefones Celulares

        Telefones celulares foram feitos para deixar a nossa vida mais fácil, e não para trazer mais aborrecimentos.

        Dica Nº 1:
        Durante reuniões ou em restaurantes, deixe o telefone no correio de voz (caixa postal). Se você precisa muito falar com a pessoa que está ligando, desculpe-se e encontre um local apropriado.

        Dica Nº 2:
        Durante ligações em lugares públicos, mantenha o tom de voz regular e não demonstre raiva. Falar aos berros ou demonstrar emoção atrai a atenção das pessoas que estão à sua volta.

        Dica Nº 3:
        Use a função vibracall ou desligue o celular em lugares públicos como cinemas, teatros ou igrejas.

        Dica Nº 4:
        Se você está esperando uma ligação que não pode ser adiada, avise da importância para as pessoas que estão com você e se desculpe quando o telefone tocar.

        Dica Nº 5:
        Evite interromper reuniões profissionais ou encontros sociais para atender seu celular.

        Dica Nº 6:
        Seja discreto quando discutir assuntos particulares na frente de outras pessoas. A mesma recomendação vale para ligações feitas para discutir negócios.

        Dica Nº 7:
        Quando estiver falando e andando ao mesmo tempo, esteja atento aos arredores.

        Dica Nº 8:
        Não atenda ligações com o carro em movimento.

        Dica Nº 9:
        Confirme o que foi combinado ao telefone enviando um e-mail ou fax para deixar tudo registrado, preto no branco.

        Dica Nº 10:
        Preste atenção e tome cuidado – muitas vezes a pessoa que ligou para seu celular está num aparelho viva-voz, cercado de assessores e planilhas. Enquanto isso você está se contorcendo todo procurando um sinal melhor, de olho no guarda e no trânsito..

 

               Marcio Miranda - Workshop






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