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   Pontualidade: Competência, Elegância e Educação

        A pontualidade é um dos pressupostos básicos das boas maneiras e estabelece cada vez mais o diferencial de comportamento para aqueles que se destacam no mundo corporativo. Também na vida social, passou a ser atributo mais que imprescindível.

        Respeitar o tempo das pessoas é uma marca dos bem-educados. Nenhuma desculpa ou justificativa atenua o mal-estar causado por um retardatário. Pontualidade é fundamental no mundo dos negócios, pois nele o indivíduo representa toda uma corporação, e os seus atrasos afetam não só a sua própria imagem, como a da empresa onde trabalha.

        A notória impontualidade dos brasileiros faz com que sejam os campeões de perdas: de dinheiro, de oportunidades, de negócios, de investimentos, de confiança e, acima de tudo, de competitividade. Em muitos casos, o resultado de desprezar a pontualidade acarreta para as empresas brasileiras os fantasmas da qualidade comprometida, prazos e compromissos ignorados, e produtos e serviços desacreditados.

        No que diz respeito aos indivíduos, o controle do próprio tempo é uma competência cada vez mais valorizada pelo mercado. O profissional de qualquer nível hierárquico que sempre chega atrasado revela-se displicente e desorganizado.

        Executivos mais graduados devem ser rigorosamente pontuais com todos na empresa. Não devem se beneficiar da hierarquia, valendo-se dela como beneplácito para atrasos.

        Profissionais de todos os níveis hierárquicos devem ser absolutamente corretos com a sua empresa e não agendarem compromissos particulares na hora do expediente. Consultas médicas, tratamento dentário, ginástica, fisioterapia, buscar crianças na escola não estão incluídos no contrato de trabalho, portanto, perturbam o andamento do serviço e sobrecarregam os colegas.

        Hoje, existem muitas empresas mais liberais quanto a esse aspecto que permitem horários flexíveis, mas isso deve ficar bem esclarecido para todos os funcionários. Até segunda ordem, cumpra os horários.

        Se você gerencia uma equipe e precisa lidar com um funcionário atrasado contumaz, converse com ele e tente saber o motivo dos atrasos. Talvez ele tenha carência de transporte, resida em local muito distante da empresa ou problemas familiares. Se for possível, busque encontrar uma solução; essa é a forma correta de agir.

        Alguns teóricos do comportamento humano, refletindo sobre a pontualidade, chegaram à conclusão de que algumas pessoas notadamente impontuais abrem exceção em sua conduta habitual quando se vêem diante de compromissos importantes para elas, tais como: entrevista para conseguir um emprego muito esperado, reunião para fechar um negócio altamente lucrativo ou receber um presidente ou diretor a quem desejam impressionar. Entretanto, desprezam compromissos com amigos habituais, pessoas pouco conhecidas, reuniões com fornecedores ou pessoas a quem não atribuam importância.

        Existem até aqueles que sentem verdadeiro prazer na falta de pontualidade. Pensam que isso os fará mais poderosos. Interpretam que chegar antes do outro pode demonstrar ansiedade, excesso de meticulosidade, posição de desvantagem por incômoda espera. Ignoram que sua atitude apenas revela sua falta de apreço e respeito pelas outras pessoas, e sua lamentável grosseria.

        Os pretextos e desculpas esfarrapadas já foram há muito tempo proscritos pelas pessoas minimamente inteligentes. Ninguém acredita em coisas do tipo: congestionamentos de trânsito ou metrô enguiçado. Quando se adota a antecedência necessária, não se chega atrasado a lugar nenhum, pois o trânsito se comporta de maneira previsível.

        Falta de estacionamento também é uma desculpa que depõe contra você. Sempre que marcar compromissos, tome informações sobre o endereço: trajeto, distância e disponibilidade de vagas para o carro. Hoje em dia, com o advento dos telefones celulares, qualquer atraso imprevisto deve ser comunicado imediatamente. Se for previsto, o aviso deve ser dado com a máxima antecedência.

        Qualquer desculpa não irá consertar uma atitude deselegante, mas a atitude solícita, de quem compreendeu o transtorno causado, pode fazer com que a outra pessoa se sinta um pouco melhor. O ideal é desculpar-se novamente ao final do encontro.

        Se alguém aguarda você na recepção, e uma reunião-surpresa o impede de atender na hora marcada, dirija-se até a pessoa, explique o motivo, pergunte se ela deseja aguardar, posicionando-a corretamente sobre o tempo que ainda vai levar para que você possa estar com ela.

        Se a pessoa não puder esperar, marque uma nova data, esmerando-se nas desculpas. Decidindo esperar, instrua sua equipe de apoio para servir água, café, disponibilizar jornais e revistas atualizadas. É insuportável impor ao convidado o desprazer de ler panfletos, deixando na mesa só prospectos da empresa. Se for possível, venha até a pessoa em intervalos, para saber se ela está confortável, enquanto espera.

        Quando o assunto é uma reunião, chegar atrasado fará com que você tenha vários transtornos. O primeiro é capitalizar a antipatia do líder, pois você o desconcentra e interrompe a condução do assunto. O segundo é que você não tem tempo de conhecer e identificar os participantes nem saber o seu nível de decisão. Além disso, você fica em posição de desvantagem por ignorar quanto do assunto já foi tratado.

        Pontualidade também significa cumprir prazos para a entrega de relatórios, projetos, produtos e serviços. Cumprindo com rigor esse procedimento, você e sua empresa marcarão incontáveis pontos no que tange à elegância e seriedade profissionais.

        Não nos podemos esquecer de alertar aos médicos e dentistas, considerados campeões da impontualidade. Passem a exercitar essa regra da boa educação e com isso terão muitos benefícios. O profissional que constrói sua carreira sobre os pilares do respeito e valorização das pessoas sempre atingirá o topo. Será sempre uma referência de exemplo a ser seguido.

        Afinal, a pontualidade é a cortesia dos reis e obrigação dos educados.


                    Maria Aparecida A. Araújo - Catho






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