A morte não
é aceita pelo adulto e, mais difícil ainda, é falar dela para as crianças.
No entanto, com alguns cuidados, é possível tornar a tarefa mais fácil. O
compromisso com a verdade e com a realidade auxilia bastante. Deve-se dizer o
que aconteceu - um acidente, doença - e que, infelizmente, "fulano de
tal" ou avô morreu. Nada de dizer que está dormindo ou
descansando.
Tratando-se do enterro, não se deve forçá-la
a ir ou a ficar, porém respeitar a vontade dela de ir ou não. Caso ela resolva
ir, deve-se avisá-la como será o ambiente: tristeza, choro, caixão,
homenagens ou orações.
Havendo perguntas, sempre respondê-las
com clareza: que o corpo será colocado em uma caixa e depois enterrado,
podendo-se visitar o local depois e que o morto não sente dor ou medo.
Depois das cerimônias, a rotina familiar deve continuar, ou seja, as crianças
devem ir à escola e a receber a atenção de antes como a de ouvir historinhas
ou de tomar as refeições nos mesmos horários. É claro que isto não
significa fingir que tudo está exatamente igual, pois não se deve esconder a
tristeza pela perda e, muito menos, exagerá-la.
A segurança infantil depende dos adultos
demonstrarem que a situação, apesar do luto, continua sob controle.
avesso.net