Todo
contato profissional é feito por meio de relações interpessoais. As correntes
estruturalistas e behavioristas ensinam que as pessoas respondem à forma como
são tratadas. Se tratarmos os outros com cortesia, simpatia e atenção,
certamente, receberemos o mesmo tratamento.
Em contrapartida, se cometemos uma
gafe e, mesmo inadvertidamente, desconsideramos alguém, estamos na circunstância
de perdermos um cliente, um grande negócio, um
importante aliado e até um amigo.
Competindo por um lugar no mercado de
trabalho, estão duas pessoas de igual capacitação técnica. Com certeza, terá
mais chance de sucesso aquela que melhor souber se apresentar e tratar as
pessoas.
Como diz Mary Alden Hopkins no livro
Tirando Proveito da Cortesia, "O conhecimento e a prática das normas que
regem o comportamento no mundo dos negócios geram benefícios imediatos,
facilitam o trato com clientes, ajudam os executivos a se portarem com confiança
e naturalidade em qualquer circunstância da vida social e profissional, melhoram
o relacionamento entre colegas e chefes e subordinados e se refletem de maneira
positiva em todas as áreas da empresa".
O Carnegie Institute of Technology
analisou dados de 10.000 pessoas e concluiu que 15% do sucesso delas se deve a
treinamento técnico, inteligência e habilidade. Outros 85% obedecem a fatores de
personalidade e habilidade de conduzir pessoas com sucesso.
Quando o Departamento de Orientação
Vocacional da Universidade de Harvard realizou um estudo de milhares de homens e
mulheres que haviam sido despedidos de seus empregos, descobriu que de cada três
pessoas que haviam sido despedidas por não cumprirem com seus trabalhos, duas o
foram por não terem conseguido sucesso no seu relacionamento com os demais.
E esta porcentagem é ainda maior num
estudo conduzido pelo pesquisador americano Albert Edward Wiggan. Nele, de 4.000
pessoas que perderam emprego num ano, somente 10%, ou seja, 400, fracassaram por
incompetência; 90% fracassaram por não terem desenvolvido personalidade para ter
sucesso no relacionamento com as pessoas.
Um programa de treinamento em
Etiqueta Profissional e Marketing Pessoal capacita as pessoas a dominarem os
códigos de conduta em escala global. Elas aprendem as formas corretas de
cumprimentar as pessoas, fazerem apresentações, vestirem-se e se comportarem
durante entrevistas de emprego. O treinamento também faz com que as pessoas
aprimorem seu processo de comunicação, aprendendo a ouvir e falar na hora certa,
e com a entonação adequada. Aprendem a tirar melhor proveito dos recursos
eletrônicos, como telefone, vídeo-conferência e e-mail.
São ensinadas as melhores técnicas
para criticar obtendo resultados positivos, transformar reclamações em vendas e
lidar com colegas e clientes de temperamento difícil, apresentar idéias e
projetos com eficiência, conduzir reuniões, contornar o assédio sexual e muitas
outras ferramentas que ajudam a incorporar atitudes e posturas apropriadas a
cada atividade profissional. Isso possibilita a adesão a códigos que respeitam
os interlocutores como pessoas, com suas individualidades.
Hoje em dia, ter boas maneiras não é
foco apenas de diplomatas apegados a protocolos e nem de madames que aparecem
nas colunas sociais. As grandes corporações são os maiores clientes das
consultorias de Etiqueta Profissional. Os executivos destas empresas, embora a
maioria seja portadora de MBA em universidades estrangeiras, fluente em vários
idiomas e possuidora de reconhecido saber técnico, sentem enormes dificuldades
quando saem da frente de seus computadores e precisam se relacionar com o mundo.
Como não dominam a arte de se comportar corretamente em todas as ocasiões, ficam
claros os erros que cometem. E estes erros se tornam visíveis na aparência
pessoal, nos gestos, na entonação e no palavreado, passando depois para os
modos, apertos de mão, trocas de cartões de visita, conduta em elevadores e
mesas de restaurantes, uso do telefone convencional e celular e outros.
As pessoas que não dominam estas
noções de etiqueta, na maioria das vezes, nem se dão conta das gafes que
cometem, embora denunciem sua falta de traquejo e refinamento, prejudicando sua
carreira e arranhando a imagem da empresa em que trabalham.
O mundo de hoje é dos positivos, dos
que fazem, dos que se comprometem, dos que se engajam em causas justas, dos que
têm opinião, dos pró-ativos e dos que têm vontade de aprender, crescer e serem
mais e melhores. E, acima de tudo, o mundo atual é dos que sabem que não farão
isso sozinhos, e que precisam contar sempre com a colaboração de outras pessoas.
Estas pessoas, certamente, não dispensarão a etiqueta como poderosa aliada em
sua trajetória rumo ao sucesso pessoal e profissional.
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