Mudança é, em nossos dias, uma "palavra mágica". Vivemos a época de grandes
mudanças e provavelmente nunca houve consciência tão acentuada para o fato.
Realmente, é possível acompanhar e mais que isso, sentir a ocorrência de
modificações significativas no nosso ambiente através das mensagens que nos
chegam de todas as fontes a todo o momento.
Conhecer, sentir e acompanhar a dinâmica da mudança é uma necessidade que se
impõe sob o aspecto da atualização permanente, sendo assim uma questão de
sobrevivência. Mas o que parece ser mais dramático no processo de mudança que
nós vivemos é a sua aceleração.
A
evolução do conhecimento e a tecnologia são elementos essenciais na análise da
aceleração da mudança, porque o homem tem no conhecimento o instrumento de sua
supremacia ante a natureza e na tecnologia a aplicação desse instrumento no
sentido prático. Daí resulta admitirmos a civilização tecnológica que
construímos como uma decorrência natural do atual estágio do nosso conhecimento.
O
homem, quer como ente psicológico quer como ente social, é o agente e o paciente
das transformações. No afã de abrir novos horizontes de conhecimento e na
necessidade de moldar as descobertas como meio de aprimorar sua existência, o
homem vai gerando, para si e seus descendentes, desafios e ansiedades que
determinam, em última análise, o questionamento dos seus valores existenciais.
A
empresa, o grande complexo social e tecnológico voltado para objetivos
econômicos é provavelmente, o palco das mais evidentes transformações. Ali se
dá, de forma sistemática, o encontro do homem com a tecnologia. Ali ocorrem
ações e reações necessárias ao processo adaptativo da inteligência humana com
eficiência tecnológica em busca da oferta de bens e serviços.
No
livro “Marketing de Guerra”, Al Ries e Jack Trout afirmam que cada vez mais as
empresas precisam estar preparadas para fazer guerra de marketing através de
ações que devem ser planejadas da mesma forma que o são as campanhas militares.
As empresas terão de aprender como atacar pela frente e pelos flancos, como
defender suas posições, e quando praticar a guerrilha. Os bons executivos terão
de exibir muitas das mesmas virtudes que fazem um grande general militar -
coragem, lealdade e perseverança.
A
construção de uma carreira bem-sucedida pode ser encarada como uma interminável
sucessão de disputas diárias pela ocupação dos melhores espaços profissionais.
Espaços que são conquistados através de estratégias e táticas eficazes ao longo
de pequenas batalhas e, às vezes, grandes guerras. Para Ries e Trout, se uma
dada estratégia não contribui para resultados táticos, ela não quer dizer nada,
não importando o quão brilhantemente tenha sido concebida. Somente um general
com um conhecimento profundo e íntimo do que acontece no campo de batalha é que
está em posição de desenvolver uma estratégia efetiva.
Como
profissionais, no campo de batalha que é o mercado de trabalho, precisamos ter
um conhecimento profundo de nossos pontos fortes e fracos como também reconhecer
as ameaças e a oportunidades para a nossa carreira. No plano tático precisamos
identificar aquilo que gostamos de fazer, aquilo que sabemos fazer bem e aquilo
que queremos ser como profissionais. Desta forma poderemos elaborar uma
estratégia que leve em consideração a troca de experiências relacionadas ao
nosso trabalho atual e futuro bem como o desenvolvimento de habilidades
específicas e comportamentos adequados.
A
nossa resposta à mudança é, antes de tudo uma questão de consciência, isto é, de
lúcido conhecimento do que se passa, sua causa, possíveis conseqüências e
posição a ser tomada. Portanto, a efetividade de nossa resposta às
transformações dependerá do desenvolvimento de percepções precisas sobre o que
ocorre e da capacidade de compreendermos o processo como um todo e fazermos
nossas opções.
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