Steve Simms, autor de Mindrobics, acha que se todos os jornalistas, economistas, conselheiros financeiros, experts em Futurologia e "chutadores profissionais" fossem colocados lado a lado, olhando um para o outro, ainda assim estariam apontando para diferentes direções.
Essa é uma questão importante para ser lembrada hoje em dia, com previsões pessimistas e apocalípticas em todo lugar ? a bolsa, os juros, inflação, recessão, competição, etc.
Essa tendência negativa dos meios de comunicação é capaz de botar até o Papai Noel para baixo. (Alguém certa vez definiu um pessimista como uma pessoa sempre firme e decidida? a ser miserável).
Assim, fica fácil entender porque nós, pobres mortais, temos às vezes certa dificuldade para manter nossa fé em dia, com grandes esperanças para o amanhã? quando todos à nossa volta parecem ter perdido a confiança?
Mas será que as coisas realmente estão tão feias, como o pessoal do PPB (Partido dos Pessimistas Brasileiros) quer fazer parecer? Tudo depende de como você quer ver a coisa. Olhe através de um lado do binóculo, e tudo parece pequeno. Olhe pelo outro, e pequenas coisas transformam-se em gigantes.
Na realidade, tudo simplesmente é. Pensamentos negativos fazem nossas esperanças e nossos sonhos ficarem pequeninos. Pensamentos positivos fazem com que fiquem enormes. Somos nós que escolhemos por qual lado do binóculo olhar.
Simms concorda com dois grandes homens que viveram o inferno da Segunda Grande Guerra Mundial ? horrores que fazem da nossa situação atual parecer o paraíso em comparação. O presidente Eisenhower falou: "O pessimismo nunca ganhou uma batalha". E Winston Churchill disse: "Sou um otimista. Não parece fazer sentido ser qualquer outra coisa."
Nehru, o antigo primeiro-ministro da Índia, colocou a coisa desta maneira: "É tolice ser simplesmente um otimista, e não ver os fatos como eles são. Mas é tolice ainda maior ser um pessimista e imaginar que todas as desgraças do mundo vão acontecer justamente conosco."
Nós temos tudo para ter sucesso no Brasil. Eu, com certeza, estou feliz de viver aqui. Alguém uma vez disse: "Um otimista pode ser obrigado a subir numa árvore para fugir de uma onça, e ainda assim admirar a paisagem do topo". De onde eu escolho estar, nuvens escuras não podem cobrir minha paisagem. Acredito que a vida e os negócios vão ser bons para quem os fizer bons. Independentemente das cartas que você receba na mão da vida, ainda é você quem escolhe como vai jogar.
Recentemente, um amigo do Steve Simms entrou num elevador de um hospital local. Ao fechar-se a porta, notou que estava sozinho com um velhinho simpático numa cadeira de rodas, cheio de intravenosas e tubos presos ao pulso e nariz. Quando o elevador começou a descer, o velhinho começou a murmurar em voz baixa. "Como está hoje, senhor?", perguntou o amigo. "Fantástico", respondeu o senhor. "Já posso me levantar e hoje vou tomar sopa!".
Deveríamos pensar mais nesse tipo de situação, especialmente quando ouvirmos jovens e saudáveis pessimistas com um monte de superstições e preconceitos econômicos, reclamando sobre o jeito como andam as coisas.
Eu estou feliz porque acordei bem esta manhã. Um monte de gente nem isso conseguiu. Estou feliz por ser sadio e ter olhos para poder ler todas esses pessimismos e o bom senso de ignorá-los. E fico maravilhado de poder respirar, cheirar, comer, beber, rir, falar, escutar as pessoas que amo e os amigos, e principalmente, de viver e vender no Brasil.
Raúl Candeloro