Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de
alimentos oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse
envenenada - lembremo-nos que os hábitos higiênicos da época não eram lá
grande coisa...
Isso acontecia frequentemente com os tomates, que, sendo ácidos,
foram considerados, durante muito tempo, como venenosos. Os copos de estanho
eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, deixava
o indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia induzida pela
bebida alcoólica e pelo óxido de estanho). Alguém que passasse pela rua
poderia pensar que ele estava morto, portanto recolhia o corpo e preparava o
enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a
família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se
o morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão.
A Inglaterra é um país pequeno, e nem sempre houve espaço para enterrar todos
os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados ao
ossário, e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Às vezes, ao abrir os
caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que
indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido
enterrado vivo. Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma
tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e
ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do
túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria
o sino tocar. Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo
pelo gongo", como usamos hoje....
Autor Desconhecido