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   Conversando Sobre o V Encontro Nacional de Cemitérios Particulares

Nesta matéria, Carlos Alberto de Oliveira faz algumas colocações sobre as palestras proferidas durante o V Encontro Nacional de Cemitérios Particulares.

- É importante notar que o investimento social das empresas representa valor agregado em seus produtos e serviços.

Há 10 anos não imaginaríamos que as grandes organizações iam abrir seus balanços em jornais e, muito menos, publicariam balanços sociais.
- a responsabilidade social não é purgação de culpa.
- responsabilidade social X pilantropia;

Palestra: Cemitério e o Futuro
Palestrante: Bolivar Blanchard / Venezuela


a- até quando vamos continuar construindo casas para os mortos enquanto não damos conta de ter casas
para todos os vivos?

b- mudança de negócio – de vendedor de lotes para processadores de restos humanos;

c- desafios são vencer os condicionantes sociais, culturais (memorialização) e históricos;

d- os legisladores devem criar as condições para que possamos avançar nas mudanças;

e- 3 tipos de fornos crematórios: - cremação direta; -cremação dos restos mortas após 5 anos (ruptura com a perpetuidade - armazenamento passado X processadores), evita-se o choque com os familiares daqueles que optaram pela cremação direta;
-implantação de campos virtuais de memorialização do defunto e sua história;

f- fornos de restos patológicos para cumprimento de legislação internacional de saúde pública;

g- incluir novos atrativos para os cemitérios que substituam a venda de lotes (finito - empresa com prazo de morte) para o novo negócio do futuro.

Palestra: Planos Funerários
Palestrante: Lourival Panhozzi



a- serviço público ou não? depende da definição da legislação local;

b- contrato atípico pois não é mera captação e poupança, nem é seguro diretamente;

c- o plano funerário em tese não é ilegal, devendo ser analisado caso a caso, principalmente considerando-se o novo texto
do Código Civil e a legislação dos consumidores;

d- o Estado deve ser instado a definir a norma própria do setor funerário;

e- o setor funerário precisa entender que as mudanças são a base da sociedade do conhecimento. Neste sentido, não há a menor possibilidade de uma empresa permanecer aberta desconhecendo a mudança, os cenários e as perspectivas;

f- CENÁRIO DE INCERTEZAS - VIVEMOS NUMA SOCIEDADE PROVISORIAMENTE RÁPIDA;

g- os cálculos atuariais devem ser carteira; a carteira considerando-se os dados epidemiológicos diferenciados em cada
microrregião e indicadores sociais como o IDH. Os dados devem ser considerados para todos os contratantes.

-Um plano funeral não é a entrega futura de um conjunto de produtos que o contratante pode levar para casa. O caso funerário é de oferecimento de serviço que se completa nos períodos fixados contratualmente para checagem.

m- a questão da definição legal é complexa pois cada qual tem interesses próprios e muitas vezes conflituosos. A decisão é saber qual é o nosso negócio!!

A decisão da categoria deve ser o estabelecimento de quais características comuns e gerais, e o estabelecimento de prazos de ajustamento para todas as empresas.

Palestra:Licenciamento Ambiental - CONAMA
Palestrante: Flavio Severo


Haverá brevemente a edição de norma do CONAMA sobre licenciamento ambiental.

CUIDADO! O ONGUISMO NÃO SUBSTITUI O LEGISLADOR!

O MP NÃO É LEGISLADOR, NEM EXECUTOR DA NORMA JURÍDICA, ELE É TÃO SOMENTE SEU FISCAL!

OS ÓRGÃOS COLEGIADOS DOS MINISTÉRIOS FIXAM NORMAS MERAMENTE PARAMÉTRICAS. ELES NÃO FAZEM LEI!

- É de se elogiar a busca do SINCEP e da ACEMBRA para especialistas em assuntos conexos ao negócio cemiterial;


Palestra: Mudanças no Serviço Funerário de São Paulo
Palestrante: Osvaldir Barbosa de Freitas



Não é possível e nem desejável para o Poder Público, com a multiplicidade de atividades sociais continuar Sustentando diretamente os serviços cemiteriais.

A aceitação da mudança como salutar para a relação do serviço funerário de São Paulo, estabelecendo uma relação parceirizada com a iniciativa privada e a sociedade civil.

Ao invés da centralização da execução do serviço, o Município vai avançar numa perspectiva de regulação de serviços funerários e cemiteriais.

Os serviços vão ser acompanhados diretamente pelas Subprefeituras e iniciar-se-á a exploração por concessão na forma da legislação nacional e local que se está encaminhando para a Câmara.

Uma mudança fundamental é a garantia de financiamento dos serviços cemiteriais públicos. O Município de São Paulo, corajosamente, assumiu a necessidade de instituir a taxa de manutenção dos cemitérios. Coragem de avançar para a regulação da atividade e não a execução de serviços que podem ser desempenhados pela iniciativa privada. AA regulação competente substitui com vantagens a ação direta.

Palestra: A Morte e a Sociedade Contemporânea
Palestrante: Nabi Abou


-o mito/desejável da imortalidade – a dificuldade de discutir a concretude e cotidianiedade da morte;

- a consciência de que a morte também atingirá cada qual; - o luto e as relações com a morte, intensidade, relações
inconscientes entre o sobrevivente e o morto e a previsibilidade;

- o luto e a morte estendida para os mais íntimos – período da morte estendida e a volta a normalidade;

-a morte como ordem cronológica e a imprevisibilidade de sua inversão;

-A diversidade cultural dos povos e etnias e o entendimento da morte e do luto. O papel de cada um dos membros da família e as diferenças sexuais no momento da morte, a homenagem ao “de cujus” e o enterramento.

- Morte como estagnação, morte como passagem, morte como punição – diferenças culturais que se refletem em ritualísticas próprias.

- o temor da morte como aprendizagem em nossa sociedade;

-morte como “inimiga” porque nos impede de realizar sonhos postergados e que nos damos conta de que não mais os realizaremos;


Por: Carlos Alberto de Oliveira

E-mails: caoeduc@infolink.com.br ; caoeduc@uerj.br ; caoeduc@pcrj.rj.gov.br
Fones: (21) 9987-9517 e (21) - 7814-1093

Para ver galeria de fotos do evento,clique aqui.






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