Usuário:

Senha:


Esqueci a Senha!    
Cadastrar-se    



 

   O Manual do Nó da Gravata

Uma notícia que pode animar quem se enrola na hora de fazer o nó da gravata: é possível ser elegante mesmo sem usar esse acessório, segundo afirma o consultor Fernando de Barros, um dos maiores especialistas do Brasil em moda masculina. Mas olhe ao seu redor: há lugares onde a gravata faz toda a diferença. Agora uma notícia melhor ainda para quem está disposto a aprender corretamente como usar esse símbolo de sofisticação do vestuário masculino: ele existirá por muito tempo ainda e continuará fazendo a distinção entre os homens que estão atentos às tendências da moda e os que não sabem saborear o prazer de se vestir. "A gravata no corpo de um homem é um sinal evidente de que ele se mantém informado sobre as cores e texturas da moda", ensina Barros, autor do livro Elegância – Como o Homem Deve se Vestir. "Ela é uma forma de expressão para a personalidade de quem a usa."

        É preciso, portanto, ter responsabilidade e bom senso ao optar por uma. Homens de outras épocas tinham dificuldade na hora de lidar com qualquer assunto relativo à moda, mas os jovens e os mais sintonizados com os tempos atuais sabem ser criativos ao se vestir. Como a roupa masculina não permite as mesmas variações que a das mulheres, a gravata é o ponto para o exercício dessa criatividade. O acerto no uso da peça começa antes de sua seleção. "O colarinho deve ter folga de um dedo, para não ficar muito justo nem muito largo", explica o consultor de moda da grife Hugo Boss, Marcelo Giuliano.

        No passo seguinte, a escolha da gravata, desconsidere qualquer coisa que se pretenda engraçada, como personagens de desenhos animados nas estampas. Em seguida, veja o que há nas vitrines das lojas mais atualizadas. Hoje, por exemplo, a tendência é de estampas discretas, modelos de uma única cor ou regimentais, com listras na diagonal. Gravatas muito finas, de pontas quadradas ou mesmo de crochê estão fora de moda. A largura-padrão é de cerca de 12 centímetros. O comprimento, depois de feito o nó, é outro detalhe importante: seu bico fica na altura da fivela do cinto, nem mais para baixo nem mais para cima. Se a peça fica curta, dá a impressão de que a pessoa é mais gorda.

        Para acertar a altura, é preciso saber fazer o nó, e é aí que muita gente até desiste da elegância. Embora existam vários tipos de nó, poucos sabem fazer mais que um deles, e raros são os que conseguem harmonizar as laçadas com as camisas que usam. As seqüências de fotos desta página resolvem definitivamente qualquer problema para executar os três tipos mais utilizados. O nó Windsor, o mais sofisticado, foi criado por Eduardo VIII, o duque de Windsor – daí seu nome. O mais simples, chamado também de four in hand, ganhou esse apelido porque pode ser executado com quatro voltas em torno da mão. Depois a gravata segue para o pescoço e é ajustada no colarinho. "Ainda é comum clientes comprarem a gravata e pedirem para levá-la com o nó feito, pronta para ser usada", informa o gerente da loja VR do MorumbiShopping, em São Paulo, George Uranga. Ninguém precisa passar por isso, se tiver um pouco de paciência, nem pela humilhação suprema de comprar um daqueles modelos de supermercado, que têm um nó definitivo e se fecham com colchetes na nuca ou zíper. Os tópicos abaixo também esclarecem como usar corretamente cada tipo de nó.

        Nó simplesO four in hand é o mais prático, recomendado a iniciantes e a quem está atrasado. Pode ser feito até dentro do carro. Fica melhor com gravatas mais grossas, pois tem apenas uma laçada. Em tecidos finos, pode ficar pequeno, numa desproporção com o colarinho. (Aprenda a fazê-lo em torno da mão.) Há uma variação chamada simples duplo, com uma laçada a mais, pelo lado oposto ao da primeira. Ela encurta a parte de trás da gravata e é apropriada para quem tem menor estatura.

        Semi-WindsorÉ elegante, mas não chega a ser complicado. Serve para qualquer ocasião, da solenidade de formatura do filho à reunião na empresa. Adapta-se a todo tipo de colarinho, com maior ou menor pressão na hora do ajuste final.

        WindsorMostra que você é um profissional. Encorpado, ocupa mais espaço e exige um colarinho mais aberto, do tipo italiano. É um perigo em camisas de colarinho estreito.

Veja
Abril/02






Envie este artigo para um amigo Imprimir este artigo Comentários




Voltar para a p�gina anterior