Uma corrida contra o tempo!!!
Cada órgão tem um tempo médio de sobrevida entre sua retirada do doador e
o transplante no receptor. Esse intervalo varia de acordo com as condições de
quem doa e de quem recebe o órgão, mas quanto mais cedo for realizada, maior a
chance de não haver rejeição ao transplante. Também influem nas condições
do órgão medicamentos que o doente tenha ingerido durante o tratamento antes
de vir a ter a morte encefálica
O que é Morte Cerebral?
Lesão irrecuperável do cérebro após traumatismo craniano grave, tumor
intracraniano ou derrame cerebral. Seu diagnóstico é claramente documentado
através de exame detalhado da circulação do cérebro (angiografia), que
demonstra a paralisação completa desta circulação, significando que o tecido
nervoso está irrecuperavelmente destruído, sendo então emitido o laudo de
morte atestado por dois médicos clínicos e um legista. Por algum tempo, as
condições circulatória e respiratória do cadáver poderão ser mantidas por
meios artificiais (cuidados de UTI, medicamentos que aumentam a pressão
arterial, respiradores artificiais, etc), quando então poderão ser removidos
os órgãos para transplante.
Quando os órgãos devem ser
retirados?
Ainda com o coração do doador batendo
Tempo que se pode esperar para o
transplante:
Coração e pulmão: São o que menos tempo
podem esperar. O intervalo máximo entre a retirada e a doação não deve
exceder quatro horas, mas o ideal é que as duas cirurgias sejam realizadas
quase que ao mesmo tempo.
Fígado: O órgão resiste até 24 horas fora do
organismo.
Rim: Também é bastante resistente, se
comparado a outros. A espera pode ser de 24 a 48 horas.
Pâncreas: Como no caso do coração e do pulmão,
as cirurgias de retirada e doação, tem de ser feitas quase que
simultaneamente. Até seis horas depois que o coração parou.
Córnea: Um dos órgãos mais resistentes. Pode
permanecer até sete dias fora do organismo, desde que mantida em líquidos
apropriados para sua conservação.