Católica
Apostólica Romana
Símbolo
A igreja Católica é rica em símbolos
que representam o Cristo, a Virgem Maria, a Eucaristia, etc. A Arte Sacra sempre
acompanhou a caminhada da Igreja desde os primeiros cristãos até os dias de
hoje. Cada época tinha sua característica própria e o símbolo também varia
de acordo com a cultura de cada povo. Porém, um símbolo universal dos
cristãos que atravessou todas as épocas e que está presente em todas as
comunidades e lares cristãos do mundo é a Cruz de Cristo símbolo da
nossa salvação, pois Jesus deu a vida na cruz para nos salvar e é também
símbolo do nosso compromisso com Ele que um dia disse: "Quem quiser me
seguir tome a sua cruz e me siga"(MT.10,38)
Interpretação da Morte
Para os cientistas interessa saber as
causas da morte, para a religião o que realmente importa é mostrar o sentido
da mesma. Para nós cristãos a morte não representa apenas o término de nossa
vida terrena, mas no plano da fé a vemos como uma passagem para a vida eterna
junto de Deus.
Jesus Cristo, se fez Homem no meio de
nós, nasceu, viveu e morreu, percorreu o ciclo da vida humana, mas ressuscitou
glorioso ao terceiro dia prometendo igual felicidade e vitória a todos que nele
acreditam.
Para os cristãos a morte, portanto não
é apenas o final da vida biológica mas sim o início da vida eterna de nossa
alma junto de Deus.
Como são aceitas as
seguintes ações:
Cremação: Do
ponto de vista cristão nosso corpo tem uma dignidade, somos filhos de Deus,
dignamente devemos viver, morrer e também ser sepultados pois não somos meros
objetos, que uma vez sem serventia pode ser jogado em qualquer lugar ou
incinerado como o lixo, como algo sem valor. Trata-se aqui de uma questão de
ponto de vista, mas em nossa cultura prevalece o costume do sepultamento digno
desde o tempo das civilizações mais antigas anteriores a era cristã mas que
já davam sinais de crença na imortalidade do Homem.
Doação de orgãos: A
Igreja não tem nada contra, trata-se de um nobre gesto humanitário que
pode beneficiar e salvar muita vidas. A Igreja, como toda a sociedade, só
condena o tráfico de órgãos e as injustiças na hora da doação onde muitas
vezes pessoas ricas são favorecidas primeiro e as pobres são excluídas.
Suicídio: Tal
prática é totalmente reprovada pela Igreja, ninguém tem o direito de atentar
contra a própria vida, grande Dom que Deus nos deu. Deus é o Senhor da Vida,
atentar contra a vida e'pecar contra Deus. A Igreja condena igualmente toa forma
indireta de suicídio como a entrega ao alcoolismo e as drogas. A Igreja também
sabe que o suicida não é um sujeito normal , sua situação social e
psicológica principalmente precisa ser trabalhada de tal forma que o
indivíduo encontre sentido para a sua vida e vença o desejo de por fim a ela.
Necropsia: Nada
contra, sendo seu objetivo o aprimoramento da Medicina e tal conhecimento visa
salvar vidas e buscar soluções para os problemas.
A Igreja apenas não concorda que
corpos como o dos indigente serem abandonados em geladeira e mutilados aos
poucos sem o devido sepultamento.
Eutanásia: A
Igreja é contrária a tal prática, ninguém tem o direito e por fim a vida
alheia. Ainda que o indivíduo não tenha mais esperança de cura e esteja
sofrendo muito, providências devem ser tomadas para aliviar as dores e
confortar os familiares, mas não antecipar a morte.
Aborto: Tal
prática constitui um pecado mortal diante de Deus e um crime perante a Lei dos
Homens, embora muito infelizmente nos dias de hoje lutem pela sua legalização.
A partir da concepção temos já a
existência de um ser vivo com todas as potencialidades de se desenvolver e
tornar um ser humano saudável. Tirar a vida de um inocente que não pode se
defender é algo inaceitável e condenável.
Exumação:
Havendo motivos, tal ato é permitido desde que o cadáver seja sepultado
novamente ou os ossos colocados em local apropriado.
Embalsamamento/Tanatopraxia: Não
é um costume comum em nosso meio mas é uma prática permitida quando por
justos motivos como quando uma pessoa falece fora do país e o sepultamento só
será possível após alguns ou vários dias.
Velório
A forma e o tempo variam de acordo com a
cultura de cada país, mas para nós cristãos, o velório tem um duplo
significado:
1º Despedida do corpo daqueles que
conosco compartilharam a caminhada da vida.
2º Encomendação da alma a Deus, a
qual acreditamos é imortal, de Deus veio e para Ele retorna após a morte de
uma pessoa.
O corpo, morada do Espírito Santo, tem
uma dignidade e na fé também acreditamos na ressurreição da carne, ou
seja, no dia por Deus determinado este nosso corpo corruptível será revestido
de imortalidade num corpo glorioso. (ICor. 15,42ss) por isso sepultamos
dignamente os nossos mortos.
Existência de "CÉU"
e "INFERNO"
Céu e inferno não são lugares
geográficos mas sim um estado de espírito. Aqueles que morrem acreditando e
unidos a Deus com Ele permanecem no céu,
ou seja, na alegria da sua presença para sempre.
O inferno
é o contrário disso, é a condenação da alma a separação eterna de Deus.
Só recebe tal destino quem durante a vida toda até o momento da morte não
acreditou em Deus ou mesmo acreditando praticou graves delitos sem
arrependimento.
Um exemplo que pode ilustrar bem essas
duas realidades é a parábola contada por Jesus em Lc 16.19-31.