Entre os católicos, a unção dos enfermos
goza da reputação de um sacramento,
assim como a crisma, o matrimônio ou a eucaristia. A atividade, exercida
por padres, já foi denominada Extrema Unção", mas foi
rebatizada após a orientação do Concílio Vaticano
II. O padre João Inácio Wenzel explica que o nome anterior era
"extremo" e que o serviço era mal-interpretado.
"Muitas pessoas, ao receber a visita do padre, achavam que estavam
morrendo. O sentido da unção é outro.
É de levar conforto ao doente, levar uma palavra de
fé. Ao mesmo tempo, lembramos que Jesus queria que fosse feita a
vontade do Pai e não a dele. Este sacramento também inclui
a confissão, mas não quer dizer que quem não recebe a
unção não tem direito à
salvação".
O sacramento também tem a função de aproximar o
doente de sua comunidade. "Muitos se sentem um estorvo, acham que
estão incomodando outras pessoas, dando trabalho. Por isso, é
muito importante a presença da família ou das pessoas que
estão zelando por aquela vida. As pessoas devem perceber que o doente
também tem uma missão a cumprir".
É verdade que o número de solicitações não
é tão notável como no passado. "A maioria dos casos
é solicitada pelos ministros, que levam a comunhão até a
pessoa doente. Normalmente, as pessoas que pedem a unção
são ligadas `a prática religiosa".
A Gazeta -
Cuiabá/MT